Diretoria de Bem-estar Animal

10/02/2017 - Bem-estar Animal
Mais de 100 animais estão à espera de novos lares em Florianópolis

foto/divulgação: Cristiano Andujar

Victor está à espera de um novo lar

O pequeno Victor vivia amarrado embaixo de uma casa de pés altos, com apenas metade do assoalho, em uma comunidade carente de Florianópolis. Vizinhos denunciaram a situação de maus tratos por meio de um boletim de ocorrência e a Diretoria do Bem-estar Animal (DIBEA) foi chamada. Encontraram o cachorrinho dentro de um buraco de terra, preso a uma corda com menos de um metro de comprimento, sem água e sem comida. Levaram-no para tratamento em um estado severo de desnutrição, anemia profunda, infecção nos olhos e nos ouvidos e com a pele com fungos devido à umidade do local.

 

Assim como o pequeno Victor, todos os animais que chegam à Diretoria do Bem Estar Animal no Itacorubi precisam, primeiramente, ser desverminados para tratar pulga e carrapato. Eles ficam em observação por um ou dois dias, fazem todo o tratamento de saúde em caso de debilitação, são microchipados e castrados e quando estão em condições saudáveis são colocados para adoção. Em média, cerca de quatro animais são adotados por semana. No caso de Victor, o tratamento demorou quatro meses e somente agora o patudo ficou forte para poder achar um amigo e um novo lar.

 

Além da adoção, a DIBEA também realiza um programa de castração para controle de natalidade de cães e gatos. Em dois dias da semana, proprietários de animais levam seus documentos juntamente com seus bichinhos de estimação até a instituição para ser feita a castração. Já por três vezes na semana, o caminhão da diretoria vai até as comunidades e busca os animais selecionados que precisam de atendimento. Essa triagem é feita a partir de famílias carentes seguindo critérios de renda por voluntários residentes no local. Além disso, a equipe também recolhe para a castração os cães e gatos errantes, comunitários, semi-domiciliados ou que aparecem em escolas e empresas.

 

Os bichinhos chegam na véspera da cirurgia, são castrados e devolvidos aos seus respectivos lugares no dia seguinte. A diretora da DIBEA, Fabiana Bast, explica que o objetivo é que o animal sempre retorne ao seu ambiente. “Para a gente dar chance de adoção e de socorrer os que estão em estado grave e de maus tratos”, esclarece. Até o final do ano passado, a média era de 18 castrações por dia. Segundo Fabiana, a intenção agora é ampliar para, pelo menos, 24.

 

 

Como adotar

No momento, cerca de 75 cachorros e 30 gatos estão disponíveis para adoção na DIBEA. Quem tiver interesse em um bichinho de estimação deve levar os documentos até a instituição, assinar um termo de responsabilidade, passar por uma entrevista com a diretora Fabiana e, claro, escolher o cão ou o gato que mais agrade conforme o seu perfil. Feito isso, o animal é impreterivelmente levado até a casa para verificar as condições do novo local. Fabiana reforça que é essencial que as pessoas tenham paciência para o animal se acostumar. “Todo mundo tem que dar tempo para o animal se incluir no ambiente e ser incluído”, reforça.

 

 

Cão Terapia

 

Aos sábados acontece a Cão Terapia realizada pela Organização Bem-Animal (OBA) para ajudar a dar visibilidade para estes cães e gatos disponíveis para adoção. O projeto, que começou há dez anos com dez voluntários, conta hoje com 80 pessoas que passeiam, interagem, dão carinho, tratamento e tentam suprir as necessidades destes animais pelo tempo que desejar. Segundo a diretora da DIBEA, Fabiana Bast, inicialmente o projeto foi criado para fazer terapia para os animais, mas acabou sendo uma terapia humana também. “Temos voluntários que fazem tratamento psicológico, passaram por algum trauma e veem aqui como uma terapia”, explica.

 

Serviço:

O quê: Cão Terapia

Quando: Aos sábados, das 15h30min às 18h30min se não chover

Onde: Diretoria do Bem-estar Animal – SC-401, 114, Itacorubi


galeria de imagens