Assessoria de Políticas Públicas para Igualdade Racial e Combate a Intolerância Religiosa

01/04/2016 - Igualdade
Campanha busca recursos para distribuição gratuita do documentário "Antonieta"
Você pode colaborar com a divulgação da história de Antonieta de Barros

foto/divulgação: Flavia Person

Antonieta

AJUDE A FINANCIAR A DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DO DOCUMENTÁRIO SOBRE ANTONIETA DE BARROS
Filme "Antonieta" teve diversas exibições em março e está com campanha de financiamento coletivo aberto. Em parceria com a COPPIR,o filme foi exibido na Biblioteca Barreiros Filho para estudantes da EJA e moradores, na comunidade da Queimada, para os alunos do curso de elevação de escolaridade e no espaço cultural BADESC, durante a campanha "Março é delas".
O documentário 'Antonieta' (2016, 14'), de Flávia Person, sobre Antonieta de Barros, professora, cronista, feminista e primeira deputada negra do Brasil, nos anos 30, teve diversas sessões abertas e gratuitas no mês da mulher em Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
E para produzir e distribuir gratuitamente 1.000 cópias do filme em DVD a escolas, universidades bibliotecas e centros culturais de todo o país foi lançada uma campanha de financiamento coletivo no site Benfeitoria:https://www.benfeitoria.com/antonieta
Instituições que quiserem receber o DVD podem se cadastrar neste formulário:https://goo.gl/pd999M
Antonieta nasceu em Florianópolis em 1901 e morreu em 1952. Formou-se no magistério e abriu sua própria escola aos 22 anos. Quando tinha 34, foi eleita deputada. A primeira mulher no parlamento catarinense. A primeira deputada negra do Brasil, em 1935. As mulheres só tiveram direito ao voto no Brasil em 1932, e apenas três anos depois, ela já era deputada.
Escreveu por mais de 20 anos para os principais jornais catarinenses. Era defensora da educação, da igualdade racial e de gênero. Sua mãe era lavadeira e escrava liberta. Ainda hoje, é difícil mensurar a extensão da vanguarda de Antonieta de Barros.
Uma realização da Magnolia Produções Culturais e da Ombu Arte e Cultura e vencedor do Edital Catarinense de Cinema 2013, foi lançado em novembro, em Florianópolis.
O filme é resultado de um ano de pesquisa da diretora com apoio do historiador Fausto Douglas Correa Júnior, que vasculharam arquivos de lugares como a Assembleia Legislativa, a Casa da Memória e o Museu da Escola Catarinense em busca da trajetória dessa mulher única, negra e pobre que ascendeu a um cargo político importante em um estado conservador, que costuma destacar apenas sua colonização europeia, açoriana e branca.
O documentário utiliza imagens de arquivo e fotos inéditas de Antonieta, locução e trechos de suas crônicas para contextualizar geopoliticamente e redescobrir essa história um tanto esquecida até em sua cidade natal, Florianópolis, onde normalmente só é associada ao nome de uma escola e de um túnel.
      
Antonieta rompeu muitas fronteiras e preconceitos de sexo e raça. Encarou a educação como sacerdócio e se destacou pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão. Conquistou um espaço na imprensa e por meio dele disseminou seus ideais de luta pelos menos favorecidos e pela educação da população mais carente.
Apesar de todas as suas realizações e ter sido deputada mais uma vez, em 1948, morreu injustiçada e na pobreza, em 1952, com parte da documentação sobre ela esquecida ou inacessível.
Sobre a diretora
Flávia Person, graduada em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos, atua como roteirista, diretora e produtora. Já produziu filmes, festivais, mostras de cinema e projetos para TV. É sóciafundadora
da Magnolia Produções Culturais. Trabalhou na série de TV “Memória Ativa”, exibida na Band News TV. Atuou como diretora da Associação Cultural Cinemateca Catarinense e assina a produção executiva dos curtas Noite Clara, de Felipe Vernizzi, Rio da Madre, de Fábio Brüggemann e Grinfia, de Gabi Bresola. É também criadora e
coordenadora da revista de cinema e audiovisual Lado C.
Ficha técnica
Realização: Magnolia Produções Culturais e Ombu Arte e Cultura
Pesquisa, produção, roteiro e direção: Flávia Person
Pesquisa histórica: Fausto Douglas Correa Júnior
Edição de texto: Fábio Brüggemann
Montagem: Yannet Briggiler
Edição de som e trilha sonora: Diogo de Haro
Preparação vocal: Barbara Biscaro
Apoios
Associação de Mulheres Negras Antonieta de Barros, Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, COPPIR (Conselho Municipal de Promoção da Igualdade e Coordenadoria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial) e Neab UDESC (Núcleo de Estudos Afrobrasileiros).