Secretaria Municipal de Educação

12/02/2016 - Educação
Educação lança campanha 'A Rede Contra o Mosquito'
Combate ao Aedes aegypti vai atingir 17,5 mil estudantes e seis mil educadores

foto/divulgação: Divulgação

Alunos da E B M Almirante Carvalhal

A Organização Mundial da Saúde prevê que no Brasil 1,5 milhão de pessoas sejam infectadas pelo zika vírus. A doença é originária do mosquito Aedes aegypti, que também é responsável pela dengue e pela febre chikungunya. No início do ano letivo, para ajudar a combater esses males, as Secretarias municipais de Educação e Saúde, juntamente com a Defesa Civil, lançam na segunda-feira (15) a campanha “A Rede Contra o Mosquito”.

 

Sobre o perigo do inseto, a meta é conscientizar na rede municipal de ensino os 17,5 mil estudantes, a partir de seis anos de idade, e seis mil educadores. Serão realizadas nas escolas e núcleos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) palestras, atividades lúdicas, distribuição de fôlderes, panfletos e gibis. Ainda não há vacina para nenhuma das enfermidades. A melhor forma de prevenção é destruir os focos do Aedes aegypti.

O zika vírus é o mal mais alarmante. Ele pode estar ligado a casos de microcefalia, que gera um comprometimento muito grave no sistema nervoso central, tendo como resultado deficiência cerebral profunda e permanente nos bebês das mulheres grávidas que contraírem o vírus.

Por enquanto, Florianópolis é a única capital do país livre da transmissão dessas doenças dentro do seu território. No entanto, o número de focos é crescente. Já são 42, a maior parte deles, 41, na área continental da cidade.

 

Vigilante mirim

 

A abertura da campanha ocorrerá às 9h30 na Escola Básica Municipal Almirante Carvalhal, localizada em Coqueiros. A Prefeitura irá lançar na oportunidade a ação “Seja um Vigilante Mirim”. O objetivo é capacitar a garotada para que conversem com os familiares e colegas sobre a importância de se combater a proliferação do mosquito e para que atuem como fiscalizadores em suas comunidades e moradias.


Todos deverão estar atentos para que não haja água parada em nenhum espaço da casa, situação ideal para procriação do Aedes aegypti.

 

Todos em alerta

 

Os diretores das unidades escolares já receberam uma carta do secretário de Educação, Rodolfo Joaquim Pinto, conclamando a todos para combater o inimigo em comum. O texto assinala: “vamos ficar de olho no mosquito e combatê-lo. Criem ações para vencermos essa batalha. A rede estará protegida, as famílias também. As gestantes agradecem”.

 

Para Pinto da Luz, não há outra solução. “O único instrumento eficiente para impedir a proliferação do mosquito é a prevenção”.

 

Ao ataque

 

Os professores começaram a passar por capacitação para conhecerem bem o Aedes aegypti e formas de impedir a proliferação dele. Na quinta-feira (11), equipes da Educação, Saúde e Defesa Civil deram palestras para os profissionais das creches Chico Mendes, Mateus de Barros e Joel Rogério de Freitas, todas localizadas no Monte Cristo, além das escolas José do Valle Pereira, no bairro João Paulo, e João Alfredo Rohr, no Córrego Grande.

 

Na segunda-feira a partir das 13h30, as equipes irão se deslocar para a Escola Batista Pereira e Creche Caetana Marcelina Dias, ambas localizadas no Ribeirão da Ilha.

 

Os professores das mais diversas áreas estão sendo estimulados a desenvolverem em sala de aula atividades sobre o perigo do inseto, a exemplo de produção de redações, vídeos e promoção de debates.

Conhecendo o inimigo

O mosquito Aedes aegypti é pequeno, mas causa grandes estragos. Ele mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, de cor café ou preta e com listras brancas no corpo e nas pernas.


Um dos maiores estragos que esse inseto pode causar é a transmissão do vírus zika, uma ocorrência nova no Brasil, que pode afetar as mulheres gestantes e causar consequências sérias e profundas no desenvolvimento de seus bebês, como a microcefalia. Isto ocorre quando a cabeça e o cérebro das crianças são menores para a sua idade, o que prejudica o seu desenvolvimento. Por isso, mulheres grávidas devem ter atenção especial e acompanhamento em consultas pré-natais.

 

Sintomas do zika vírus

 

Os principais incômodos do zika vírus são febre baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas e inchaço nas articulações. Se você estiver com esses sintomas, procure rapidamente o serviço de saúde mais próximo, para receber orientações médicas.

 

Sintomas da dengue


O Aedes aegypti também pode transmitir outras doenças, como a dengue, que pode causar fortes dores de cabeça, febre alta com início súbito, dores fortes atrás dos olhos, perda do apetite, fadiga, dor nos ossos, manchas na pele, náusea, vômitos e tonturas.

 

Sintomas da chikungunya


A febre chikungunya é outra enfermidade causada pelo mesmo agente transmissor, ela possui sintomas semelhantes aos da dengue. A maior diferença é que as dores concentram-se principalmente nas articulações

Tratamento do zika vírus

Não há vacina contra o vírus. O tratamento é recomendado com base no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e da dor. Não é indicado o uso de ácido acetilsalicílico, AAS, e outros anti-inflamatórios, devido ao risco de aumentar as complicações da doença.


Tratamento da dengue


Não há um tratamento específico, apenas ações que possam aliviar os sintomas. O importante é procurar o serviço de saúde, fazer repouso e ingerir muito líquido. É contraindicado tomar medicamentos sem prescrição médica.

 

Tratamento chikungunya

 

Não há tratamento ou vacina específica para a doença. A febre e as dores articulares são tratadas com paracetamol e anti-inflamatórios. É recomendado o repouso absoluto, beber bastante água e não utilizar o ácido salicílico, AAS, devido ao risco de hemorragia.

 

 

Para acabar com os focos do mosquito fique de olho nessas dicas:

 

• Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.

• Receba bem o agente da saúde e o agente de combate às endemias (doenças que ocorrem apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades)

• Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios.

• Encha de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de planta.

• Entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou

• guarde-os sem água, em local coberto e abrigados da chuva.

• Mantenha a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada.

• Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo.


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