Secretaria Municipal de Educação

28/06/2016 - Educação
Crianças de NEI conhecem o alfabeto Braille
Iniciativa faz parte do projeto de letramentos dos pequenos

foto/divulgação: Elis Regina

Professora Daiane e crianças

A professora Daiane Farina e a auxiliar de sala Elis Regina, que atuam no Núcleo Municipal de Educação Infantil, nos Ingleses, então ensinando as crianças um pouco do alfabeto Braille. Para quem não sabe, esse é o sistema de escrita em relevo utilizado pelos deficientes visuais.

 

Na primeira atividade com a turma, com idades entre 5 e 6 anos, as profissionais mostraram aos pequenos o livro Um Mundinho para Todos, obra infantil ilustrativa de Ingrid Blellinghausen. As profissionais trabalham com dois exemplares, um com a escrita tradicional e outro em braille, ambos da editora DCL. Na história, há um mundo onde cada habitante tem um jeito diferente. Uns gostam de andar descalços, outros de tomar chocolate quente, e outros precisavam de ajuda por não enxergarem muito bem.

 

Para ajudar as crianças a identificarem as letras em Braille, as profissionais também utilizaram o jogo do alfabeto, todo em relevo.

“Nosso objetivo é trabalhar a inclusão e ensinar as crianças a identificar as letras desse alfabeto. Acredito que seja um trabalho importante, e um conhecimento que toda a turma pode levar para além dos limites da sala de aula”, diz Daiane.

 

Reconhecendo as letras

 

O trabalho com o alfabeto Braille faz parte do projeto de letramento da garotada. Tudo começou quando os pequenos se depararam com revistas, livros e cartilhas em um pequeno espaço da sala, e ficaram curiosas com as palavras.

 

Aguçada a vontade de ler e de escrever, a turminha perguntava às profissionais o que estava escrito naqueles textos. Desde então, notado o interesse dos pequenos, Daiane e Eli decidiram colocar em ação o projeto de letramento da turma.

 

“Resolvemos propor atividades diferenciadas para incentivá-los a identificar e montar palavras. Através de jogos, ensinamos a eles a reconhecerem as letras e o som de cada letra”, comenta Daiane.

Com copos descartáveis, as profissionais criaram o jogo do alfabeto. As crianças foram instigadas a escolher uma palavra. Com as letras escritas em cada copo, Elis e Daiane, questionaram o grupo a respeito de quais formavam a palavra, e ajudaram a identificar as letras quando necessário.

 

A turma também participou da brincadeira do macarrão de letrinha. Cada criança recebeu uma ficha com diversas palavras, além de um pouco do macarrão. Dessa forma, tinham que procurar as letras correspondentes ao que estava escrito.

 

Atividades de inclusão

 

As discussões sobre inclusão continuam na turma de Daiane e Elis. Duas atividades já estão programadas: uma acontecerá na calçada em frente à unidade. As professoras levarão as crianças para caminhar sobre o piso tátil, piso diferenciado com textura e cor sempre em destaque para auxiliar pessoas com deficiência visual e baixa visão a se locomoverem.

 

As profissionais também explicarão as diferenças entre os dois tipos de piso tátil, um com bolinhas, que representam o alerta para algum obstáculo, e outro com traços, que ajudam na direção do caminho.

 

A segunda atividade será com as bolinhas do sagu, substância extraída do caule de palmeiras que serve como ingrediente em diversos alimentos. Os pequenos utilizarão o ingrediente para escreverem o próprio nome em Braille.

 


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