Secretaria Municipal de Educação

31/07/2018 - Educação
Estudantes da rede municipal vivenciam currículo escolar na rua
A atividade levou os adolescentes daIntendente Aricomedes da Silva a percorrem o bairro onde a unidade está localizada

foto/divulgação: SME

A proposta trouxe a ideia de parar e entender os acontecimentos na rua.

As professoras  da Escola Básica Municipal de Florianópolis Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS), na Cachoeira do Bom Jesus,  notaram a necessidade de trabalhar com os estudantes de 7º ano o reconhecimento do espaço urbano onde estão inseridos.

 

Mariah Amanda da Silva, de Geografia, Narjara Zimmermann, de Ciências, Bárbara Porto Machado, de Português, em conjunto com a  professora da educação especial Rosângela Kittel e com a supervisora escolar Denise Botelho, levaram os educandos para fora dos muros da escola, a fim de que eles vivenciassem o currículo na rua.

 

“Diferentes jeitos de ensinar democratiza o direito de aprender, enfatiza  Rosângela Kittel. “Isso superar concepções conteudistas da tradição escolar”, destaca.  

 

A diversidade de estudantes, que compõe o cenário de uma sala de aula, desafia nossos professores cotidianamente e esse trabalho  precisa ser apoiado por uma rede de ações inclusivas, declara o Secretário Municipal de Educação, Maurício Fernandes Pereira.

 

 

Participação de professor cego  

 

 

Dentro do projeto “Vivendo o Currículo na Rua”,  a saída de campo das turmas 71 e 73  teve um convidado especial, Tarso Germany Dornelles, professor  da Educação de Jovens,  Adultos e Idosos (EJA), e que é cego.

 

Ele trouxe uma nova proposta para os adolescentes: analisar as paisagens do cotidiano - casas, área verde, supermercado - através de uma perspectiva diferente. Os estudantes  experimentaram o mundo como os cegos o percebem. Através da experiência de sentir o cenário ao redor, e não enxergá-lo, eles  foram questionados sobre a reação deles ao cheirarem, tocarem e ouvirem  coisas do contexto urbano.

 

A proposta trouxe a ideia de parar e entender os acontecimentos na rua. Como eles se sentiam em relação aos problemas encontrados, com algumas  calçadas irregulares, sujeira e poluição. A reflexão teve como intuito incumbir a responsabilidade coletiva.

 


Entrevistas com moradores

 

 

Os estudantes utilizaram tablets e celulares para registrar cenas cotidianas, que estão sendo analisadas em sala de aula. Durante a saída de campo, as turmas também realizaram entrevistas com os moradores locais, para entender suas atividades de trabalho e de lazer. Esse material será usado como fonte de pesquisa para as próximas aulas das disciplinas envolvidas no projeto e, promete muitas aventuras pelo conhecimento.

 

Pela primeira vez a escola oportunizou uma aula com um professor cego, isso estimulou diferentes percepções do ambiente e os estudantes entenderam como o cenário urbano que não está adequado e adaptado às necessidades dos usuários pode trazer situações de risco e insegurança.

 

Conforme Rosângela Kittel, a proposta trouxe a possibilidade de transpor o conteúdo escolar para o entendimento do movimento da rua, da escola, do bairro. De compreender a necessidade de se ter condições adequadas para a mobilidade urbana, da organização e oferta de qualidade dos serviços, da ação do tempo sobre a natureza e principalmente da responsabilidade das pessoas nessa relação com os espaços públicos e coletivos


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