Secretaria Municipal de Educação

19/05/2020 - Educação
Professor usa descontração e música para ensinar inglês em tempos de coronavírus
Leonardo dos Santos pertence à Escola Municipal de Florianópolis Batista Pereira

foto/divulgação: Arquivo SME

Foto tirada pela mãe das alunas do primeiro ano, as gêmeas Geovana e Valentina Damásio, durante a live feita pelo professor Leonardo no YouTube.

Leonardo dos Santos Gomes tem 33 anos de idade. É formado em Letras e há sete anos atua como professor de Inglês no segmento dos anos iniciais na Escola Básica Municipal de Florianópolis Batista Pereira, no Alto Ribeirão da Ilha.

 

 

 

Em período de isolamento social, de ensinamento não presencial, explora o audiovisual e sua experiência com tecnologias para transmitir parte da descontração, fisicalidade, musicalidade e comunicação que já explorava em sala de aula.

 

 

 

“Faço uso de minha experiência com edição de vídeos e um pouco das minhas outras experiências para improvisar e criar”.

 

 

 

Todo o material do professor é disponibilizado por WhatsApp e no Portal Educacional da Secretaria de Educação da Capital.

 

 

 

Propõe brincadeiras que envolvam a fala e rotinas divertidas possíveis com os pais para os primeiros e segundos anos.

 

 

 

“Nos primeiros anos, por exemplo, depois de mandar alguns vídeos em Inglês falando sobre cores e números, orientei brincadeiras como elefante colorido, caça ao tesouro, coletas de materiais pela casa, pequenos jogos e competições de adivinhação”.

 

 

 

Nos terceiros e segundos, frisa o professor Léo, foca em associar sons em Inglês e palavras escritas, através de músicas com vocabulário familiares. Depois, com um vocabulário diversificado. Para finalizar a sequência, utiliza músicas que a criançada conhece em Inglês.

 

 

 

Outro exemplo. Nos quintos anos, há um planejamento mais coletivo, por isso cada aula tem tido sua própria tônica no que diz respeito à revisão.

 

 

 

“Todas conectadas a esse momento que vivemos, como o fato de ser inverno (estações e meses do ano), de eles estarem em casa (partes dos cômodos da moradia) e de talvez precisarem de um aconchego nesse caos”.

 

 

 

O professor tem feito transmissões ao vivo pelo Youtube.  “Como é proporcionalmente divertido e curioso para mim, sigo utilizando a ferramenta criticamente. Ainda estou tentando melhorar para contemplar melhor indivíduos com acessos limitados a materiais e informação”.

 

 

 

Leonardo faz questão de ressaltar que as opções para as aulas são fruto de um trabalho conjunto. “As professoras de Inglês Elisiana Von Wurb e Silene Martins são minhas parceiras, assim como o material é orientado e revisado pela supervisora escolar Sabrina Romariz e pela orientadora educacional Elisa Macedo."

 

 

 

Analogia do pato

 

 

Ele acha interessante ser bombardeado de informações e referências para criar.  “Gosto de saber fazer um pouco de tudo, mesmo que no final eu me sinta como naquela analogia do pato, que anda, voa e nada, mas não é o melhor em voo, nem o melhor andando e nem o melhor nadando”.

 

 

 

E acrescenta.  “Tenho boas companhias no trabalho e sou motivado pelos meus alunos a ser melhor. Por isso, digo que não sou criativo à toa: tenho os melhores incentivos”.

 

 

 

Além disso, sublinha o professor, “muitas vezes associamos formatos e linguagens aos conteúdos, achando que só porque foi feito de um jeito, este é melhor ou mais criativo. A linguagem em si já existe há tempos e temos que escolher as melhores maneiras de usá-la”.

 

 

 

Metodologia

 

 

“Tem horas que penso em algo mais focado metodologicamente, mas ao perceber algumas carências, foco em manter o contato com os alunos”, relata o professor.

 

 

 

“Uma hora penso em fazer algo rápido e facilmente compreensível, mas sabendo que foi estendido o período de confinamento, vejo a necessidade de elaborar exercícios de maneira mais complexa e contínua para garantir alguma sistematização”.

 

 

 

Conforme o professor, “uma hora penso em individualizar para atender melhor às expectativas dos alunos, mas depois de perceber que uma hora isso pode ser avaliado sistematicamente, preciso tornar cada exercício amplo para uma maioria, generalizando. Essas dúvidas vêm e voltam e as opções são aceitas e rejeitadas a todo momento”.

 

 

 

Dentro e fora de uma câmera

 

 

Leonardo dos Santos Gomes trabalhou com oficinas de iniciação à linguagem audiovisual na cidade de São Paulo e também desenvolveu um projeto, no estado de Santa Catarina, de apoio pedagógico unindo criação de narrativas, roteiragem e realização audiovisual, junto com a professora de matemática Ellen Pereira.

 

 

 

No ano passado, envolveu-se em outra iniciativa que mesclava literatura, criação de narrativas visuais e elaboração audiovisual com a  professora da sala informatizada da Escola Batista Pereira, Elika Silva.

 

 

 

“É uma experiência amadora que me ajuda muito a ter ideias dentro e fora de uma câmera. Fazer vídeos ainda é algo que exige muito tempo e improviso de mim, mas vamos lá!”.