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Secretaria Municipal de Educação

15/02/2016 - Educação
Vigilantes mirins contra o Aedes entram em ação
Campanha 'A rede contra o mosquito' dá a largada na volta às aulas

foto/divulgação: Petra Mafalda

Todos unidos contra o mosquito

O ano letivo para Rayssa Vitória Rocha começou cheio de surpresas: em seu primeiro dia de aula, ela foi convocada para assumir o posto de Vigilante Mirim, ação que faz parte da campanha “A rede contra o mosquito Aedes aegypti”. O lançamento ocorreu nesta segunda-feira (15) em escolas e núcleos de educação de jovens, adultos e idosos (EJA), além de creches e núcleos de educação infantil. O público principal são os 17,5 mil estudantes a partir de 6 anos de idade.


Rayssa é aluna da Escola Básica Municipal Almirante Carvalhal, localizada em Coqueiros. Vinda há poucas semanas de Balneário Camboriú, cidade também conhecida pelas belas praias e arranha-céus no litoral catarinense, a garota ingressou no 7º ano. O sorriso tímido e a ansiedade na fala entregam o clássico frio na barriga recorrente da estreia na escola.

Tudo é novidade. Os lugares, os professores, colegas de turma e espaços para brincadeiras. Um mundo a ser descoberto pela aluna que utiliza as redes sociais e as demais ferramentas da internet para se manter antenada nas notícias. Mais novidade ainda é o trabalho que vai lhe caber com o novo 'cargo'.

Educar faz parte dessa luta


A iniciativa é organizada pela Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, em combate ao agente transmissor do zika vírus, chikungunya e dengue. Com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, a ideia é repassar as informações necessárias aos profissionais, crianças e alunos para que todos estejam capacitados para entrar nessa causa.

 

A luta Rayssa conhece bem. A menina conta que em Balneário morava em uma casa, com os pais Samira e Eliezer, e as duas irmãs gêmeas Laura e Sofia , de três anos. No local, eles já estavam cientes dos possíveis focos do mosquito, mas tudo mudou quando Laís, madrinha da estudante, foi diagnosticada com dengue. A partir do ocorrido, a família começou a prestar mais atenção ao problema.

 

“Aqui, em Florianópolis, estou morando em um apartamento. O espaço é diferente, mas os cuidados e atenção são os mesmos. A campanha é fundamental, acredito que agora as pessoas estejam mais conscientes e passarão as informações adiante”, comentou a aluna, que completa 12 anos nesta quinta-feira.

 

Pedro Thiago Silva está no 7º ano e vai frequentar a mesma classe de Rayssa. Ele também é um Vigilante Mirim na unidade. Ao contrário da colega, o garoto e a família residem em uma casa em Coqueiros. “Minha mãe é dona de casa e gosta muito de plantas. Ela sempre está de olho para não deixar água parada”, disse o estudante de 12 anos.

Para todo mundo, ele manda o recado: “É importante cuidarmos da saúde uns dos outros. Mosquito aqui, não!”.

 

Todos contra a dengue, chicungunya e zika vírus

 

Estiveram presentes no lançamento da campanha os secretários da Educação e da Saúde, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz e Carlos Daniel Moutinho Júnior, ao lado do coordenador de Prevenção da SME, professor Charles Schnorr, Lucia Gomes Faraco, representante da Defesa Civil, e da Gerente da Vigilância Epidemiológica, Ana Cristina Vidor.

 

Na oportunidade, conversaram com alunos do 1º, 2º e 3° anos. As crianças se mostraram interessadas e tiraram dúvidas com os profissionais, além de contarem o que fazem para ajudar a enfrentar o Aedes aegypti.

 

“Nós podemos vencer esse mosquito. Conversem com seus pais a respeito, apliquem tudo o que aprenderem. Vocês são fundamentais nessa causa”, disse Pinto da Luz.

 

Para Carlos Daniel, os estudantes são multiplicadores eficientes da campanha. “Nós capacitamos os profissionais da rede para que eles orientem e incentivem a garotada a participarem efetivamente. Todos fazem parte dessa luta”, afirmou.

 

Unidos contra o mosquito

 

A EBM Almirante Carvalhal é composta por 60 profissionais e 510 alunos, do 1º ao 9º ano. O diretor da unidade, Paulo Roberto Heinzen, lembrou que ano passado a instituição já se preocupava com focos do mosquito. “Os professores estão muito envolvidos nessa campanha. Já discutimos também em colocar o assunto na grade curricular da escola. Precisamos dar uma atenção especial ao problema e contextualizá-lo no nosso dia a dia”, disse.

 

Ao final do bate-papo, crianças, professores e demais profissionais da Educação cantaram a música dos vigilantes: “Vigilante Mirim, Entrando em ação, Água parada Aqui, não!”

Conhecer o inimigo é essencial

 

Sintomas do zika vírus

 

Os principais incômodos do zika vírus são febre baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas e inchaço nas articulações. Se você estiver com esses sintomas, procure rapidamente o serviço de saúde mais próximo, para receber orientações médicas.

 

Sintomas da dengue

 

O Aedes aegypti também pode transmitir outras doenças, como a dengue, que pode causar fortes dores de cabeça, febre alta com início súbito, dores fortes atrás dos olhos, perda do apetite, fadiga, dor nos ossos, manchas na pele, náusea, vômitos e tonturas.

 

Sintomas da chikungunya

 

A febre chikungunya é outra enfermidade causada pelo mesmo agente transmissor, ela possui sintomas semelhantes aos da dengue. A maior diferença é que as dores concentram-se principalmente nas articulações

 

Tratamento do zika vírus

 

Não há vacina contra o vírus. O tratamento é recomendado com base no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e da dor. Não é indicado o uso de ácido acetilsalicílico, AAS, e outros anti-inflamatórios, devido ao risco de aumentar as complicações da doença.

 

Tratamento da dengue

 

Não há um tratamento específico, apenas ações que possam aliviar os sintomas. O importante é procurar o serviço de saúde, fazer repouso e ingerir muito líquido. É contraindicado tomar medicamentos sem prescrição médica.

 

Tratamento chikungunya

 

Não há tratamento ou vacina específica para a doença. A febre e as dores articulares são tratadas com paracetamol e anti-inflamatórios. É recomendado o repouso absoluto, beber bastante água e não utilizar o ácido salicílico, AAS, devido ao risco de hemorragia.

 

Para acabar com os focos do mosquito fique de olho nessas dicas:

 

• Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.

• Receba bem o agente da saúde e o agente de combate às endemias (doenças que ocorrem apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades)

• Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Não jogue lixo em terrenos baldios.

• Encha de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de planta.

• Entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou

• guarde-os sem água, em local coberto e abrigados da chuva.

• Mantenha a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada.

• Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo.


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