Secretaria Municipal de Educação
Diante do desafio do ensino remoto, o serviço da Educação Especial da rede municipal de Florianópolis realiza algumas ações que estão diminuindo os abismos trazidos pelo distanciamento social.
Além da manutenção das videoaulas, das lives, dos vídeos e de outras propostas, o setor faz a entrega de material de apoio para os estudantes com alguma deficiência ou Transtorno do Espectro Autista. O intuito é fortalecer o vínculo criança-escola-família.
Professores de educação especial, professores de Libras que atuam nas salas multimeios e professores auxiliares de educação especial e professores auxiliares Intérpretes, que atuam em colaboração com professores das turmas, organizam e preparam esses materiais. Sempre considerando as diferentes possibilidades de aprendizagem.
Um exemplo são os professores da Escola Básica Municipal Donicia Maria da Costa. Os recursos preparados e pensados por eles estão de acordo com as trocas de informações, orientações, acompanhamento das possibilidades de mediação no contexto familiar, das necessidades e interesses dos estudantes.
Daiane Guedes, mãe de Murilo, relata que tudo é higienizado, feito com capricho. “O material irá contribuir com o desenvolvimento do meu filho”. Murilo, que tem Transtorno do Espectro Autista, pertence ao Núcleo de Educação Infantil Municipal Barreira do Janga, ligado ao polo da Escola Donícia Maria da Costa.
O garotinho foi contemplado com diversas atividades pedagógicas. Entre as quais, produzidas pela professora auxiliar de educação especial Ana Carolina da Costa Brem, estão um conjunto de quebra-cabeças de imagens, jogos de pareamento de figuras geométricas, dominó de bandeiras, jogos reversos de memória com sílabas e desenhos e alfabeto em cores com imagens.
A pequena Beatriz, matriculada no Neim Otília Cruz, é cega. Ela também ganhou diversos materiais de apoio e estímulo produzidos pelo Centro de Apoio pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), da Secretaria Municipal de Educação, bem como orientações de psicomotricidade da Associação Catarinense Integração ao Cego, Acic.
No kit da Beatriz consta jogo da velha, quebra- cabeças, dominó texturas, caixa surpresa, alfabeto Braille, números e quantidade em Braille, números e sinais em Braille e livros de literatura infantil adaptados.
A mãe dela, Veriane Pereira, reconhece a parceria dos dois setores para com a família dela. “Agradeço ao pessoal do CAP pelos materiais didáticos-educativos entregues para Beatriz. Ela está se divertindo e aprendendo ao mesmo tempo. Agradeço igualmente à Acic que nos manda sempre atividades e vídeos para estimularem minha filha. Ela fica interessada e adora fazer as atividades. Agradeço muito o apoio de todos vocês, ainda mais nesse momento crítico, de pandemia”.
De acordo com o Secretário Municipal de Educação, Maurício Fernandes Pereira, as propostas são sempre interessantes para todos. “Independente de oferecidas na educação infantil, fundamental ou na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). Não podemos proporcionar tarefas simplesmente para serem executadas”.
Segundo Ana Paula Felipe, coordenadora de Educação Especial da SME, as famílias têm um papel fundamental no processo de desenvolvimento dos seus filhos e na articulação entre família e escola. “Queremos continuar assim, fazendo um trabalho coletivo e colaborativo”.
