Secretaria Municipal de Educação

07/10/2021 - Educação
Estudantes da RME trabalham a diversidade e personalidades negras
Em seminário, no dia 20 de novembro, turmas dos quintos anos apresentarão biografias de Antonieta de Barros, Cruz e Sousa, Zumbi dos Palmares e Nelson Mandela

foto/divulgação: Arquivo SME

Os estudantes escolheram personalidades africanas e as representaram através de um Croqui, esboço à mão de pintura.

 

Na Escola Básica Municipal de Florianópolis Neuza Paula da Silveira, mais conhecida como Escola da Infância, localizada nos Ingleses, as professoras Rosileni da Silva e Luciana Menezes desenvolvem o projeto “(re)pensando a diversidade”. O objetivo é buscar o reconhecimento dos estudantes como afro- brasileiros, estudar a história de personalidades que lutaram em prol da negritude e trabalhar temáticas importantes como racismo e preconceito. As atividades são realizadas com os quintos anos do ensino fundamental.
 
 
As professoras contam com a parceria da professora Emiliana Côrrea, da orientadora educacional Adriane Biondo, da bibliotecária Deyse dos Santos e do professor da educação Infantil Joel Vigano.
 
 
Primeiramente, depois que o projeto foi apresentado, foram exibidos presencialmente alguns trechos do filme Rainha de Katwe – Uganda, que descreve a vida de Phiona Mutesi, uma xadrezista ugandesa nascida na cidade de Katwe, que tornou-se uma Candidata a Mestre após seus desempenhos nas Olimpíadas de Xadrez. Oficinas de xadrez foram ministradas e elaboradas pela professora Emiliana Côrrea, e aconteceram tanto online pelo power point quanto em partidas solo ao vivo e em tabuleiros.
 
 
Na segunda fase, os estudantes escolheram personalidades africanas que gostariam de estudar e as representaram através de um Croqui, esboço à mão de pintura, utilizaram tecnologias digitais como o uso da tela, respeitando o distanciamento social e o uso de máscaras durante as atividades.
 
 
Eles já pesquisaram o conceito da palavra diversidade, o continente africano e suas representatividades, e construíram um folder informativo sobre cada personalidade. Ainda serão executadas outras atividades incluídas no projeto como: a montagem de gráficos e tabelas com a pesquisa feita na sala informatizada, a apresentação oral de cada pesquisa, execução do artigo de opinião e o ensaio para a apresentação do seminário.
 
 
Seminário de 20 de novembro
 
 
No laboratório de tecnologia, os estudantes, juntamente com a professora Luciana Menezes, realizaram uma pesquisa bibliográfica e trabalharam o gênero textual folder de cada uma das personalidades africanas escolhidas por eles, além de responderem um questionário sobre africanidades.
 
 
Para a finalização do projeto os estudantes realizarão um artigo de opinião sobre a temática e no dia 20 de novembro farão um seminário que contará com a exposição dos Croquis e a apresentação da biografia das personalidades, como: Antonieta de Barros, Nelson Mandela, Cruz e Sousa, Zumbi dos Palmares, Martin Luther King Jr, Kylian Mbappé, Pelé e inclusive, Sônia Carvalho, coordenadora do Programa de Diversidade Étnico-Racial na Secretaria de Educação da Capital, foi uma das homenageadas.
 
 
“O retorno por parte das turmas está sendo muito bom. Eles interagem em nossas aulas e buscam saber mais sobre os assuntos que estão sendo trabalhados. Tem sido um momento mágico, o momento mais esperado por eles são as sextas-feiras, quando ocorre a oficina do projeto”, relata a professora Rosileni.
 
 
A professora pedagoga dos anos iniciais, Rosileni, explica a grande importância do projeto: “Quando trabalhamos temáticas como racismo e preconceito estamos relembrando a dor e sofrimento que nossos antepassados enfrentaram com muita luta e resistência, e é através dessa herança genética presente em nós que o estudo direcionado a esses temas contribui para a aprendizagem de nossos estudantes”.
 
 
A professora Rosi continua inovando, sempre com muita criatividade, colocando em destaque a educação das relações étnico-raciais (Erer), que está entre os princípios fundamentais das diretrizes curriculares para a educação básica da rede municipal de ensino de Florianópolis. A colocação é do secretário de Educação da Capital. “Isso se faz necessário, pois infelizmente vivemos numa sociedade que discrimina, uma sociedade racista e que precisamos combater”, sublinha Maurício Fernandes Pereira.

 


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