FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente

16/08/2012 - Meio Ambiente
Jacaré fêmea retorna para o Parque Ecológico do Córrego Grande
Harolda, o jacaré fêmea, habita o PECG há cinco anos

foto/divulgação: Talita Góes

Harolda no lago do Parque Ecológico do Córrego Grande

A partir de agora, os visitantes do Parque Ecológico do Córrego Grande irão encontrar novamente o jacaré fêmea Harolda. Sua ausência foi sentida pelos visitantes e grupos que visitam diariamente o Parque.
 
Ela voltou no início desse mês, onde passou cerca de três meses ausente do lago onde habita no PECG. "Provavelmente ela saiu daqui para acasalar. A certeza só virá se ela fizer ninho para ter os filhotes, o que deve acontecer em breve" explica a Educadora Ambiental do DEPEA Talita Góes.

A história da Harolda

Harolda, o jacaré fêmea do Parque Ecológico do Córrego Grande, tem ficado famosa ultimamente. Os visitantes do Parque podem vê-la pessoalmente, e também aparece na televisão em entrevistas.

O córrego, o mesmo que passa em frente ao Shopping Iguatemi e que faz limite com o PECG, proporcionou para que o jacaré fêmea, em 2008, pudesse entrar no terreno do parque em um dia que choveu muito e subiu o nível da água do córrego. Em abril de 2009, o até então “Haroldo”, já que se desconhecia o sexo do animal, sumiu, retornando alguns dias depois em cima de um grande ninho de folhas secas, onde colocou nove ovos. Destes, apenas um restou. Em 2011, ela teve uma ninhada com 16 filhotes, e atualmente, apenas oito vivem no lago grande.

Os filhotes do jacaré fêmea são presas fáceis para alguns animais, como as garças, que frequentemente visitam o lago. A mãe jacaré, acaba também caçando algumas destas garças. Para os visitantes que presenciam momento como esse, ficam espantados. Porém a Educadora Ambiental, Talita Laura Góes, explica que “nós como equipe de educação ambiental, temos trabalhado para conscientizar as pessoas que este local trata-se de um Parque Ecológico, e não um zoológico, ou algo do gênero. A maioria dos animais que aqui vivem são silvestres, e devem conservar seus hábitos de cadeia alimentar. É realmente assim, e não podemos interferir neste ciclo natural”. Contrário a este ciclo, uma superpopulação de uma espécie ou outra poderia colocar em risco todo um ecossistema.

Hoje, a Harolda continua no lago junto com o os três filhotes que sobreviveram, e alimenta-se dos peixes existentes no lago, já que agora, a garça não tenta mais pegar o seu filhote, que já está grande.


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