Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes

17/08/2016 - Cultura
Casa da Memória exibe filme ‘A Tainha e a Onda’
Documentário será apresentado e debatido em nova edição do Café Antropológico, que acontece nesta quinta-feira (18)

foto/divulgação: Carlos Portella

Arrastão na Barra da Lagoa

A proibição do surfe em algumas praias de Florianópolis no período de maio a julho é tema do documentário A Tainha e a Onda, de Carlos Portella, lançado em 2015. O filme será apresentado nesta quinta-feira (18), na Casa da Memória, no Centro, em mais uma edição do Café Antropológico, que une a exibição audiovisual e o debate cultural para ampliar a discussão no contexto das relações humanas e sociais. A atividade acontece às 19 horas, com entrada franca.

 

Realizado desde 2013, abordando variadas temáticas, o Café Antropológico é organizado pelo Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (NAVI) e Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS), em parceria com a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. Nesta edição, o encontro integra a programação da Jornada de Estudos da Pesca e conta com participação de Alan Longdon, roteirista do filme.

 

Vida no mar

 

Com 52 minutos de duração, o filme retrata o conflito entre surfistas e pescadores e resgata a colonização de Florianópolis, a tradição da pesca da tainha e o início da prática do surfe, na década de 1970, intensificada com a chegada de cariocas e gaúchos em busca de boas ondas. O documentário traz depoimentos de pescadores, surfistas, representantes de entidades do setor, fabricantes de prancha, oceanógrafo, delegado de polícia e antropólogo, entre outros personagens.

 

A proibição desse esporte em diversas praias de Florianópolis entre maio e julho foi estabelecida pela Lei Municipal nº 4601, em 1995. A normativa estabelece veda a prática de surfe em todos os balneários da Ilha de Santa Catarina, exceto na Praia Mole e Joaquina, de 1° de maio a 15 de julho, período de pesca da Tainha. A medida foi adotada para evitar o confronto, pois já havia registros de agressões mútuas e tiros entre surfistas e pescadores.

 

Carlos Portella, que também é surfista, decidiu investigar o tema depois de uma temporada na Austrália, quando percebeu que lá, durante a pesca da tainha, pescadores e surfistas convivem pacificamente. O filme “A Tainha e A Onda” foi viabilizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Franklin Cascaes, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

 

Serviço:

 

O quê: Café Antropológico

           Exibição do filme A Tainha e A Onda, de Carlos Portella

Quando: quinta-feira (18) – 19 horas

Onde: Casa da Memória de Florianópolsi

          Rua Padre Miguelinho nº 58 – Centro / (48) 3333-1322

Quanto: gratuito

 

* Com informações do jornalista Fifo Lima