Secretaria Municipal de Saúde

03/07/2019 - Saúde
Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave aumentam na Capital
Com a chegada do frio, população fica mais suscetível a doenças de transmissão respiratória e deve ficar atenta a algumas medidas de proteção

foto/divulgação: (foto/divulgação: PMF)

Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave aumentam na Capital

Na última segunda-feira (01), a Vigilância Epidemiológica de Florianópolis divulgou um novo alerta da Epidemiológico com dados que apontam um significativo aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mesmo para o inverno.

 

Em Florianópolis, já foram notificados 188 casos de SRAG em 2019, sendo 164 entre pessoas que moram no município. “Este número é bem superior ao esperado para esta época do ano, segundo nossa série histórica”, relata a especialista em epidemiologia, médica e gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Cristina Vidor.

 

A maior parte dos casos, até o momento, foi causada por outros microorganismos não identificados pelas técnicas virais. Entre os vírus, o vírus sincicial respiratório (VSR) foi o mais frequentemente associado a estas infecções, seguido pelo Influenza A, que também foi responsável pelos dois óbitos por SRAG em Florianópolis neste ano. Aproximadamente, 12% dos casos notificados seguem em investigação, aguardando resultado laboratorial. 

 

O que é Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)?

 

A SRAG é caracterizada por sintomas gripais, tais como febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um destes sintomas: cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) ou artralgia (dor nas juntas) - em pacientes com até 6 meses de idade. Já em pacientes com idade superir a 6 meses consideramos febre de início súbito, mesmo que referida, e sintomas respiratórios.  “Na SRAG esses sintomas gripais são associados a sinais de gravidade, que levam o paciente à internação”, reforça a especialista.

 

Entre os sinais de gravidade, os médicos devem levar em consideração dispneia (falta de ar); choque; desconforto respiratório; insuficiência respiratória; saturação de O2 menor que 95% e/ou piora nas condições clínicas de doença de base.

 

As suas principais causas são as infecções virais, embora, ocasionalmente, possa ser causada por outros microorganismos. Estes casos são de notificação obrigatória e o agravo é monitorado constantemente.

 

A Vigilância Epidemiológica reforça que ao constatar os sintomas de SRAG citados anteriormente, a população deve procurar uma unidade de saúde e consultar seu médico para uma avaliação. “Vale ressaltar que a automedicação é muito perigosa, em qualquer circunstância, e como ainda temos focos de Aedes aegypti em Florianópolis, e por isso com risco de dengue, é importante estarmos atentos aos sintomas para chegarmos ao diagnóstico correto, além disso, há componentes presentes em certos medicamentos utilizados para minimizar o desconforto da gripe que não podem ser prescritos a pacientes com dengue, como os que contêm salicilatos”, esclarece Ana.

 

Cuidados

 

A Vigilância Epidemiológica de Florianópolis reforça alguns cuidados básicos que as pessoas devem incluir em sua rotina para evitar contágios respiratórios, principalmente nessa época do ano.  São eles:

 

- Utilizar lenço descartável para higiene nasal.

- Lavar as mãos várias vezes ao dia.

- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, caso não tenha lenço, proteja com o antebraço evitado as mãos que são importantes veículos de contaminação.

-Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe e resfriado.

-Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.

- Evitar sair de casa em período de transmissão da doença.

-Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.

-Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)

 -Manter os ambientes bem ventilados.

- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.