Secretaria Municipal de Saúde

17/03/2015 - Saúde
Criatividade contra o mosquito da dengue
Fiscal do Centro de Controle de Zoonoses cria canteiros para árvores e flores e até bancos com pneus usados

foto/divulgação: Arquivo pessoal

Com criatividade, Amanda e o marido criaram floreiras e bancos para o quintal

Trabalhando diariamente na fiscalização de borracharias em Florianópolis para o combate ao mosquito transmissor da dengue, a agente de combate a endemias do Centro de Controle de Zoonoses Amanda Pereira teve uma ideia criativa para a reutilização de pneus para descarte. Com a ajuda do marido, Cristiano de Campos, ela usou o material para a produção de canteiros para árvores e flores, além de bancos instalados no quintal de sua casa.


O descarte inadequado dos pneus é um dos vilões da disseminação da dengue em todo o país, por causa da possibilidade de acúmulo da água da chuva – propício à proliferação do Aedes aegypti. Por isso, Amanda acredita que a criatividade pode ser a melhor arma para evitar que a doença chegue à Capital. “Todos podem ajudar a dar utilidade a esses pneus, além de manter suas casas livres dos criadouros do mosquito”, diz.


A ideia dela é simples: pintando os pneus descartados com tinta acrílica e usando terra, areia e cimento ela decora o quintal de casa com as floreiras e bancos. O material também foi utilizado para fazer uma horta. “É uma forma econômica de ajudar as borracharias a darem um fim correto para esses pneus”, afirma. Veja o resultado nas fotos.


Números


Desde o começo do ano foram encontrados 68 novos criadouros do Aedes aegypti. A Capital é a única do país que não tem transmissão local da doença e registrou apenas cinco casos importados, mas precisa da conscientização da comunidade para evitar que o surto chegue ao município.


O Continente continua sendo a área mais afetada pelos focos do mosquito, que foi encontrado nos bairros Capoeiras (18), Monte Cristo (18), Coloninha (7), Jardim Atlântico (3), Estreito (3), Balneário (1) e Canto (1). Na Ilha houve registros no Centro (5), em Ingleses (6), Santinho (1), Vargem Grande (1) e Canasvieiras (4).


Uma das explicações para o maior número de focos na área continental é a grande quantidade de ferros velhos, borracharias e áreas com acúmulo de lixo e entulhos. Além disso, há um maior fluxo diário de veículos de carga provenientes de cidades que convivem com a doença. 


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