Secretaria Municipal de Saúde

06/05/2015 - Saúde
Controle da dengue deve se manter com tempo frio
População precisa eliminar criadouros do mosquito transmissor da doença, mesmo com a queda da temperatura

foto/divulgação: Arquivo SMS

O inverno é a melhor época para atacar os focos do mosquito transmissor da dengue

Mesmo com a chegada do frio, a população deve se manter atenta às ações para combater os criadouros do mosquito transmissor da dengue. O alerta é da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, que mantém o monitoramento e eliminação dos focos do Aedes aegypti na Capital. As estações do outono e inverno são ideais para a intensificação do trabalho de prevenção nas residências e terrenos.


Os ovos do Aedes aegypti resistem a longos períodos de dessecação, que podem durar até um ano. Para a larva eclodir, basta que o ovo entre em contato novamente com períodos quentes e de chuva. Em 2015, a Vigilância Epidemiológica recebeu 142 notificações de pessoas com suspeita de dengue, das quais 21 foram confirmadas, 70 descartadas e 46 ainda estão em investigação.


Dos 21 confirmados, 16 são pessoas que contraíram a doença em São Paulo, quatro em diferentes locais do Brasil e um inconclusivo. Este último não teve a determinação do local onde foi infectado. “Na região onde o paciente mora, no Santinho, Norte da Ilha, investigação vetorial não encontrou o mosquito Aedes aegypti”, afirma Ana Cristina Vidor, gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis. Nos municípios por onde ele informou ter circulado, na Grande Florianópolis, também não há registros de focos da doença.


Mobilização


“Desde o fim do ano passado, estamos trabalhando no monitoramento e no controle dos focos do transmissor da dengue, principalmente nos locais onde há focos do mosquito, mas é imprescindível que a população entre nessa luta conosco para eliminar os criadouros de larvas do Aedes aegypti”, afirma o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior.


Desde o começo do ano, foram encontrados 124 novos focos. O Continente continua sendo a área mais afetada pelo mosquito, que foi encontrado nos bairros Capoeiras (41), Monte Cristo (29), Coloninha (15), Jardim Atlântico (5), Estreito (4), Balneário (1), Abraão (1) e Canto (1). Na Ilha houve registros no Centro (5), em Ingleses (6), Santinho (1), Vargem Grande (1) e Canasvieiras (12). Pantanal e Córrego Grande, no Leste, têm um foco cada.


Uma das explicações para o maior número de focos na área continental é a grande quantidade de ferros velhos, borracharias e áreas com acúmulo de lixo e entulhos. Além disso, há um maior fluxo diário de veículos de carga provenientes de cidades que convivem com a doença. 


Denúncias


A Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde é o canal de comunicação da população para denunciar possíveis focos do mosquito transmissor da dengue. Os telefones são (48) 3239-1537 ou 3239-1569. Há também um espaço da ouvidoria para denúncia on-line, na página da Secretaria de Saúde (WWW.pmf.sc.gov.br/entidades/saude).


As denúncias são encaminhadas ao Centro de Controle de Zoonoses, que faz o trabalho de análise e contenção dos possíveis focos. Em média, levam sete dias para a resposta sobre a reclamação.


Dicas para combater a dengue


- Mantenha caixas, tonéis e barris de água tampados

- Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada

- Não jogue lixo em terrenos baldios

- Garrafas de vidro ou plásticos devem ser guardadas com a boca para baixo

- Não deixe acumular água da chuva na laje

- Encha pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda

- Pneus devem ser armazenados em locais cobertos e protegidos da chuva

- Vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana, e a água deve ser trocada frequentemente.