Secretaria Municipal de Saúde

20/04/2016 - Saúde
Dengue: Capoeiras recebe mutirão no fim de semana
Bairro teve dois casos de transmissão local da doença e registra maior infestação do mosquito transmissor

foto/divulgação: Arquivo/Petra Mafalda

Agentes passarão novamente de casa em casa para o combate ao mosquito

As equipes do Programa de Combate ao Aedes aegypti farão mais um mutirão no bairro Capoeiras, em Florianópolis, neste fim de semana. O bairro teve dois casos de transmissão local de dengue, na mesma rua, e registra infestação do mosquito maior do que em outras regiões da cidade. Por isso, as ações de bloqueio de transmissão serão intensificadas na sexta e no sábado, com a participação de agentes de saúde. O prefeito Cesar Souza Junior acompanha pessoalmente a operação.

 

Apesar de o período considerado mais crítico para a transmissão da dengue estar terminando, a Capital não irá baixar a guarda na batalha contra o vetor, que transmite também zika e chikungunya. O desafio é manter o apoio da população na limpeza dos possíveis criadouros do vetor. “Já esperávamos que neste ano teríamos casos locais de transmissão da doença. Todo o nosso trabalho, desde o ano passado, tem como foco evitar a proliferação do mosquito e, assim, minimizar o risco de iniciar uma epidemia”, diz Moutinho Junior.

 

A epidemia de dengue avança rapidamente em todo o Estado, neste ano. De acordo com o boletim mais recente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado, já foram confirmados 3.150 casos da doença.

 

Em Florianópolis, todas as medidas de bloqueio de transmissão estão sendo tomadas pelas equipes do Programa de Combate ao Aedes aegypti, incluindo varredura das áreas onde os pacientes com dengue transitam, em busca de focos do mosquito, e pulverização de inseticida, conhecida como fumacê, nos bairros onde há maior infestação e casos confirmados – incluindo Capoeiras.

 

Histórico

Desde o verão passado, quando Itajaí registrou os primeiros casos autóctones da doença, Florianópolis reforçou o Programa de Combate à Dengue. A Sala de Situação Municipal, por exemplo, envolvendo as principais Secretarias da Prefeitura de Florianópolis, a Comcap e outras entidades parceiras, foi instalada em outubro de 2015, três meses antes de o Ministério da Saúde determinar essa providência.

 

O trabalho da Prefeitura de Florianópolis envolve tratamento em áreas de foco, atendimento a denúncias encaminhadas à Ouvidoria, visitas aos chamados pontos estratégicos (floriculturas, cemitérios, borracharias e ferros-velhos, entre outros) e aos pontos onde há armadilhas para o vetor e vistorias em locais onde são detectados casos suspeitos da doença.

 

Já a varredura proposta pelo Ministério da Saúde, mobilizando agentes de saúde em visitas de porta em porta para identificação e limpeza de criadouros do mosquito, chegou a mais de 50 mil locais nas áreas com mais risco de infestação na Capital. A segunda etapa deste trabalho começou na primeira semana de março e já mostra resultados na diminuição do aparecimento de novos focos.

 

Números

Embora apenas agora tenha registrado seus primeiros casos autóctones, Florianópolis ainda se encontra vulnerável a uma epidemia, seja pela grande e crescente quantidade de focos, seja pelo aumento de pessoas infectadas nos primeiros meses do ano (moradores viajando ou turistas vindos de áreas de transmissão).

 

Em Florianópolis, foram notificados 674 casos suspeitos em 2016, dos quais 408 já foram descartados, 137 estão em investigação e 63 foram confirmados. A região Continental continua sendo a mais vulnerável do município, registrando, só neste ano, 199 focos de Aedes aegypti, 92 sendo no bairro Capoeiras, que registrou os últimos casos autóctones da doença.


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