Secretaria Municipal de Assistência Social

25/05/2015 - Social
PMF cadastra e busca colocação para imigrantes
Haitianos e senegaleses chegaram a Florianópolis na madrugada desta segunda-feira

foto/divulgação: Semas

Grupo de 43 imigrantes chegou de madrugada

Uma equipe do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (IGEOF), em conjunto com o Sistema Nacional de Emprego (SINE), irá fazer o cadastramento dos haitianos e senegaleses que chegaram à Capital na madrugada desta segunda-feira (25), na tentativa de definir seu futuro o mais rapidamente possível. A minoria deve permanecer por aqui: muitos já tem parentes estabelecidos em outros municípios do Sul do país e para lá devem ser encaminhados.

 

“Faremos seu cadastro, além de submetê-los aos serviços de saúde, e acreditamos que uma semana será o prazo máximo de encaminhamento e permanência no abrigo”, observou o diretor-geral da Secretaria Municipal de Assistência Social, Dejair de Oliveira Júnior.

 

Os dois ônibus com imigrantes vindos do Acre com 43 estrangeiros – 25 senegaleses e 18 haitianos – chegaram por volta da 1 hora desta segunda-feira a Florianópolis. Os veículos da empresa Eucatur foram direto para o ginásio Capoeirão, no Continente, onde a Prefeitura montou um abrigo para recebê-los pelo tempo previsto de uma semana.

 

Na chegada, uma equipe técnica da Secretaria Municipal de Assistência Social iniciou a triagem, conferindo os dados dos viajantes e as condições de saúde. Dos 18 com nacionalidade haitiana, três são mulheres. Elas foram levadas para a Casa da Mulher, unidade de acolhimento. Uma delas foi encaminhada ao hospital, por causa de uma forte gripe.

 

A operação contou com a participação de tradutores voluntários que participaram do processo de orientação aos imigrantes. Houve arrecadação de cerca de uma tonelada de doações, entre colchões, roupas, cobertores, alimentos e produtos de higiene.

 

Protesto

 

O prefeito Cesar Souza Junior criticou na manhã desta segunda-feira a “forma desastrosa” como foi conduzido o processo de encaminhamento dos imigrantes, ressaltando porém que o problema não é a vinda deles, mas a maneira descoordenada como o governo do Acre, “com o beneplácito do Ministério da Justiça”, procedeu.

 

Segundo disse, requisitos básicos foram totalmente desconsiderados, como o curto prazo para acomodá-los, o desrespeito às questões de saúde – já que a vacinação ou uma eventual quarentena dos imigrantes não foi observada – e a falta de informações concretas sobre esta chegada. “Tivemos mais informações pela imprensa do que pelos canais oficiais.”

 

“Fomos avisados na quinta-feira de que talvez viesse um ônibus no sábado. Não somos contra a chegada deles, mas não podemos aceitar a forma como o governo do Acre procedeu. Diante disso, tivemos de abrigá-los em um ginásio, quase em uma operação de guerra, e no improviso. Agora, nossa intenção é protestar formalmente para que esses fatos lamentáveis não se repitam”, afirmou o prefeito.


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