Secretaria Municipal de Assistência Social

28/05/2019 - Social
Wanderley quer uma vida longe das ruas

foto/divulgação: Anne Caroline Anderson/PMF

Wanderley e a colaboradora da ABA, Aluysia.

Wanderley Teixeira da Silva não deixa a gratidão de lado. Após passar seis anos nas ruas de Florianópolis, finalmente comemora o rumo positivo que sua vida vem seguindo. Ele foi uma das pessoas em situação de rua que conseguiu emprego no canteiro de obras de uma construtora através de uma iniciativa da Prefeitura de Florianópolis, por meio do Instituto de Geração de Oportunidades (Igeof) em março deste ano.


A trajetória de Wanderley começou em 2002, quando deixou Sete Lagoas - MG, sua terra Natal, para tentar a vida em Florianópolis. Anos depois, após o falecimento de sua companheira, entrou em depressão e a rua passou a ser seu destino. E foi nas ruas que ficou sabendo do trabalho que começava a ser realizado na Passarela, onde a Associação Braços Abertos (ABA), por meio de um convênio com a Prefeitura, oferece serviços de pernoite, banho, alimentação, entre outros. Foi acolhido e em pouco tempo passou a fazer parte do quadro de colaboradores do local, como auxiliar de cozinha. No final de 2018, Wanderley deixou de trabalhar na passarela, mas continuou a se utilizar os serviços.


Três meses depois, ficou sabendo do processo seletivo para atuar na área de construção civil. Foi aprovado e desde então, continua na luta por uma vida melhor. Sua rotina começa cedo. De segunda a sexta, às 6h30 já está de pé, para iniciar o trabalho no lote, onde atua como ajudante de serviços diversos.
 “Agradeço muito a ABA e por todos que estão envolvidos nesse trabalho. Que outros, assim como eu, possam encontrar o caminho do amor, da confiança e do bem”, declara.


Aos 45 anos, Wanderley não pensa em desistir. Agora tem trabalho fixo e reside em uma casa alugada que divide com a companheira, na região continental de Florianópolis. Ele não falta um dia sequer no Caps AD Ponta do Coral. No dia 27 de cada mês é dia de ir até o local, onde passa por acompanhamento.


“Hoje me sinto com valor, pois não estou mais em situação de vulnerabilidade. Hoje tem como não ir mais para o semáforo pedir esmola porque tem esse acolhimento. Foi aqui que consegui retornar à sociedade. Agradeço muito a esse serviço”, finaliza Wanderley.