23/10/2017 - Pesca e Maricultura
Alerta sobre Maré Vermelha em Santa Catarina

foto/divulgação: Cristiano Andujar

Maré Vermelha

 

A Superintendência da Pesca, Maricultura e Agricultura ratifica o anúncio feito pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, na última quinta-feira, dia 19, sobre a proibição da retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões devido à presença de Toxina Paralisante (PSP) no litoral de Santa Catarina.

 

A medida foi necessária após análises laboratoriais que detectaram a presença da toxina em cultivos de Porto Belo (SC). A PSP pode causar diarréia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades do corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória. Os sintomas podem iniciar imediatamente após o consumo dos moluscos contaminados. Essas toxinas produzidas por algas marinhas (ficotoxinas) não são degradadas com o cozimento ou processamento e todos os moluscos filtradores, cultivados ou não, podem acumular as ficotoxinas.

Este é um processo natural que acontece devido à proliferação de microalgas que vivem na água  e constituem a principal fonte primária de alimentos dos organismos marinhos. Em condições ambientais favoráveis, a quantidade dessas microalgas em suspensão na água pode aumentar significativamente, fenômeno conhecido como maré vermelha.


O Serviço de Inspeção Municipal esclarece que as ostras comercializadas durante o evento da Fenaostra não estavam contaminadas com a ficotoxina, pois a ocorrência da maré vermelha iniciou apenas na última quinta-feira, 19, em Porto Belo (SC). Como medida preventiva, todo o litoral catarinense está impedido de retirar, comercializar e consumir moluscos bivalves devido à possibilidade de expansão do fenômeno, que deverá durar alguns dias. Essa é uma situação transitória que será monitorada com cuidado para evitar danos à saúde da população e garantir a qualidade das ostras, vieiras e demais moluscos produzidos em Florianópolis.


Mais informações sobre os resultados das colheitas realizadas e as informações relacionadas à situação sanitária da área de produção estão disponíveis na página da CIDASC, no seguinte endereço:

http://www.cidasc.sc.gov.br/defesasanitariaanimal/monitoramento-de-algas-nocivas/