08/03/2016 - Turismo
Florianópolis tem 321 estruturas de apoio náutico
Equipamentos náuticos, cultivos, gastronomia, investimentos e esportes são destaque na Capital

foto/divulgação: Setur/PMF

Capital revela seu potencial com relação ao mar

A Capital conta com 312 estruturas de apoio náutico, conforme levantamento publicado no estudo complementar de ordenamento náutico realizado pela FloripAmanhã. Estas estruturas são as rampas de acesso, trapiches e plataformas de embarque/desembarque e pontos de acesso tradicionais em praias.

A distribuição destes materiais de apoio essenciais para a atividade náutica se faz da seguinte forma: 24 na região continental; cinco no leste; 27 no noroeste; quatro no norte; 20 no oeste; 50 no sudoeste e 187 na Lagoa da Conceição. Esta última concentra mais de 50% de todas as estruturas náuticas presentes na cidade.

Dentre os municípios da região da Grande Florianópolis, há uma concentração maior destes equipamentos, em especial os trapiches, aqui na Capital. Além disso, possuímos também o maior número de atracadouros e desembarques de praia.

Recentemente, a praça do Trapiche, situada em frente ao ponto de embarque e desembarque das escunas de Canasvieiras, foi totalmente revitalizada com a restauração do deck, banheiros, calçadas, reforma do parque infantil, novas lixeiras, rampas de acesso, jardim e melhora na iluminação, para maior conforto dos turistas.

Os trabalhos da reforma foram realizados pela Associação das Escunas de Canasvieiras e contaram com o apoio da Prefeitura, por meio das Secretarias Municipais de Turismo e Obras, além da Floram, Defesa Civil e Capitania dos Portos. Uma parceria foi firmada por meio do termo de adoção de áreas públicas, entre a Associação das Escunas e a FloripAmanhã.

A cidade conta, ainda, com o Projeto Marina Legal, realizado pela Associação Náutica Catarinense para o Brasil (Acatmar), que tem o objetivo de dar possibilidades reais para o empresário legalizar de forma conjunta sua estrutura de apoio náutico, com uma redução de mais de 70% nos custos com a legalização. Na primeira etapa, sete marinas de Florianópolis receberam o licenciamento ambiental.  Todas elas possuem hoje caixas separadoras de água e óleo nas suas rampas de acesso ao mar e as demais exigências, tornando o setor mais sustentável e de acordo as normas ambientais.


Estas marinas estão localizadas em Coqueiros (1), Ribeirão de Ilha (1), Balneário Estreito (1), Lagoa da Conceição (3) e no canal da Barra da Lagoa (1). O projeto segue em andamento com a sua segunda fase. Portanto, em breve haverá mais marinas legalizadas na Capital.

Parque Urbano e Marina

A área da Beira-mar Norte indicada para abrigar o projeto do Parque Urbano e Marina oferece atualmente quiosques, trapiches, ciclovia e aparelhos de ginástica, mas ainda é tratada prioritariamente como local de passagem.

Estas condições, somadas à boa localização do espaço e incorporados à pista de desaceleração de carros existente no local, faz com que o projeto se integre com facilidade aos modais da cidade (ônibus, bicicletas e pedestres), à rede hoteleira do Centro e à via gastronômica da rua Bocaiúva, tornando-se um local com grande atratividade para moradores e turistas.

Além do maior aproveitamento do espaço público, a marina será uma grande fonte de geração de emprego. Para cada vaga molhada, são empregadas em média 12 pessoas, dependendo do tamanho da embarcação, sendo cerca de dois mil contratos diretos e quatro mil indiretos, considerando as 500 vagas molhadas, fator que contribuirá diretamente com crescimento econômico da cidade.

O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) contou com a participação de cinco empresas – Sulcatarinense, Squalo Consultoria e Engenharia, ARK7 Arquitetos Associados, Florianópolis no Mar-AJX & Karolyne Soares, Eagle Serviços Diferenciados Ltda. e Soligo Moritz Arquitetos Associados.

Os habilitados contam agora com um período para o processo que compreende no desenvolvimento de estudos, soluções tecnológicas, análise de viabilidade jurídica e econômica, além de informações técnicas ou pareceres, para viabilizar a construção e operação de marina e a implantação e manutenção do parque urbano.

Tanto na elaboração do edital e do termo de referência, foram usados os estudos doados pela FloripAmanhã sobre o ordenamento náutico e o material intitulado “Floripa de Frente pro Mar, Resgate da Orla”, além do material doado pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), que apresenta aspectos que indicam, por exemplo, que o local escolhido para receber a estrutura é adequado.


Com este equipamento em funcionamento a cidade aumentará a sua capacidade em receptivo turístico e contará com um braço para futuras instalações de um transporte náutico.

Transporte náutico


Atualmente Florianópolis conta com transporte público marítimo na Lagoa da Conceição, que percorre a orla em direção à Costa da Lagoa. O trajeto pode ser feito partindo da Lagoa ou através do Rio Vermelho. Já para os que pretendem passear apenas pela Lagoa, há a opção de barcos que fazem todo o trajeto do seu interior.


Outros barcos de passeio estão presentes no acesso à Ilha do Campeche, com partidas do Campeche, Barra da Lagoa e Armação. A Lagoinha do Leste pode ser visitada também por aqueles que buscam os barcos de passeio no Pântano do Sul.


Além disso, há os trapiches que dão acesso as escunas na Beira-mar Norte e em Canasvieiras. Ilhas menores do entorno da nossa cidade são os destinos destes meios de locomoção turística, ideal para os que buscam o sossego do mar e a sua brisa sobre a face.

Preocupação ambiental

A preocupação com a sustentabilidade ambiental é uma constante trabalhada por projetos que tenham ligação com a vida marinha, como o Projeto Tamar. A iniciativa, que surgiu na década de 70 no Brasil, dedica-se a conservação e a reprodução da tartaruga marinha, uma espécie que até então estava ameaçada de extinção. Em 2005 o projeto se instalou em Florianópolis, mostrando aos visitantes a importância da defesa pela vida daquela espécie.

Outra importante movimentação neste sentido foi a conquista da Bandeira Azul a Lagoa do Peri, durante a temporada de verão 2015/2016. A aquisição do título internacional ao local se deu graças ao trabalho realizado naquele ambiente para que ele se mantenha de forma sustentável, em conjunto com a comunidade e com os visitantes que por ali passam.


Esportes aquáticos e à beira-mar


A diversidade natural presente na Capital é ponto favorável para a prática das mais diversas modalidades esportivas. Contudo, devido à localização geográfica de Florianópolis é vasto o ramo de atividades esportivas que envolvem o mar ou as lagoas. A Ilha é refúgio de surfistas de diversas partes do mundo, que buscam as ondas catarinenses inclusive durante as competições locais, nacionais e mundiais.

Assim como o surfe, é comum encontrar pelas águas aqueles que praticam o mergulho, natação, windsurfe, kitesurfe, atividades com caiaque, ski aquático, stand up paddle, ou até mesmo desfrutam do visual a bordo de lanchas e jet-skis.

Aos que não possuem experiência na prática destes esportes, mas que querem desfrutar do tempo na cidade para conhecer um pouco mais, há diversas escolas que auxiliam os interessados, são cerca de dez dedicadas ao ensino do mergulho, mais de vinte para o surfe, trinta para as variações do surfe e sete para vela e remo.

Cultivos, pesca e gastronomia


Florianópolis não conta apenas com os equipamentos voltados para as atividades que envolvam o mar, e com os esportes voltados ao gigante azul. Na ilha encontramos diversas famílias que preservam até os dias atuais atividades como a pesca artesanal, o cultivo de mariscos, ostras, berbigão. O setor industrial também atua na região, garantido o pescado àqueles que apreciam a gastronomia com base em frutos do mar.

No final de 2014 a gastronomia da Capital foi reconhecida com o título Cidade Criativa Unesco da Gastronomia, fator que deve-se principalmente pelas iguarias elaboradas com os cultivos marítimos, como a nossa ostra aliada a cachaça artesanal ilhéu.

Praias

Por fim, a cidade é um reduto de praias encantadoras. Tem as ideais para a prática de esportes, como: Joaquina, Campeche, Mole, Barra da Lagoa, Moçambique, Morro das Pedras, Armação, Matadeiro, Ingleses e Santinho. Aos que buscam pontos mais badalados vale visitar os pontos como Jurerê Internacional, Brava e o Riozinho do Campeche.

Já Naufragados, Solidão e Lagoinha do Leste são perfeitas para os que buscam um lugar ao sol de forma mais sossegada. Para curtir um passeio em família, principalmente com crianças, basta seguir rumo a Jurerê, Daniela, Praia do Forte, Canasvieiras, Ponta das Canas, Lagoinha, Cachoeira do Bom Jesus, Pântano do Sul, Açores ou Lagoa do Peri.


Tudo isto comprova o potencial turístico que a cidade possui conferindo apenas uma de suas belezas, o encanto do mar e seu entorno. Florianópolis diante dos destinos da sua região é a cidade com maior preparo e estrutura voltada ao mar, e é para incrementar e melhorar ainda mais o que já temos que estamos trabalhando, voltando “Floripa de frente para o mar”.