Vigilância Sanitária

20/06/2016 - Saúde
Zoonoses combate leishmaniose na Capital
Desde 2010, 210 animais foram diagnosticados com a doença, que é transmitida por mosquito

foto/divulgação: SMS

Cães só podem ser vacinados se for comprovado que não têm a doença.

Emagrecimento excessivo, queda de pelos na região dos olhos e das orelhas, acompanhada ou não de sangramento, conjuntivite, feridas e crescimento anormal das unhas. Quem tem cães que apresentam alguns desses sintomas deve procurar a equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Florianópolis. Desde 2010, foram identificados 210 animais com leishmaniose visceral, principalmente na Bacia Hidrográfica da Lagoa da Conceição.

 

Como em muitos casos os cães não apresentam sintomas ou sinais clínicos – mas ainda assim transmitem a doença –, o CCZ investiga possíveis portadores dos protozoários. Novos mutirões deve chegar aos bairros com maior incidência a partir de agosto. O cão é o principal reservatório da Leishmania na área urbana. Neste animal o parasita se instala e permanece viável durante toda a sua vida, transmitindo a doença com a ajuda do mosquito vetor.

 

O uso de coleiras repelentes, a vacinação e manter o espaço doméstico limpo são medidas que ajudam a evitar a doença. A leishmaniose é detectada por meio de testes laboratoriais. Desde 2010, o CCZ já investigou mais de sete mil cães. Não há tratamento para a doença em animais. Nesse caso, a eutanásia é a única solução apontada pelo Ministério da Saúde para evitar a transmissão para seres humanos.

 

Até agora, não foram registrados casos autóctones em pessoas na Capital, mas a doença está amplamente distribuída no mundo, incluindo o Brasil, em especial na região Nordeste. A zoonose tem evolução crônica e, se não tratada em humanos, pode levar à morte.