18/10/2009 - SEMAS - Cultura
Memórias do Antigo Abrigo de Menores
Livro relata a história do antigo abrigo de menores

foto/divulgação:

Um casarão branco localizado no bairro Pedra Grande, jovens correndo em direção às salas de aula, trajes típicos da década de 40. Esta é a ambientação do livro Memórias do Abrigo de Menores. Foi lançado em 23 de outubro, em parceira com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Fundo da Infância e Adolescência e a Fundação Franklin Cascaes.O projeto foi patriocinado pela empresa Tractebel Energia.A obra, escrita por Alzemi Machado, mestre em educação, resgata a memória da casa que abrigava menores abandonados no bairro Agronômica.

Construído no governo de Nereu Ramos, o Abrigo de Menores atendeu a 240 meninos, abrigando desde órfãos, desvalidos, abandonados até infratores. Mantido mediante convênio com a União Sul Brasileira de Educação, era administrado pelos Irmãos Maristas, que recebiam apoio e salário, via convênio com o Governo do Estado.

Para escrever o livro, o autor entrevistou cerca de 50 pessoas, além de pesquisar fotografias, arquivo público do Estado, jornais da época, cartas dos Irmãos Maristas e relatórios do abrigo. Todo o material reunido para pesquisa será doado para o acervo da Casa da Memória

Alzemi Machado afirma que realizou uma pesquisa independente e que o livro será distribuído gratuitamente para diversos órgão públicos, tanto que cedeu os direitos autorais, já que a obra não foi escrita visando o lucro:

- Não fiz para ganhar dinheiro, mas sim para resgatar a memória social da infância.

O autor ainda espera que, com o livro, a sociedade possa se espelhar nas iniciativas positivas do Abrigo de Menores, como a preocupação com a formação acadêmica e profissional dos jovens. Muito do que foi feito no antigo abrigo não pode ser aproveitado, por se tratar de outra época com outros costumes, mas a solidariedade e a preocupação com a infância devem sempre ser hereditárias.

 

 

                                                                         Por Marcelo Santos