12/02/2016 - SMS - Saúde
Luta contra Aedes mobiliza mil pessoas neste sábado
Mobilização Nacional de Esclarecimento envolve soldados do Exército, Marinha e Aeronáutica no combate ao mosquito

foto/divulgação: SMS

População deve colaborar, abrindo as portas para as vistorias e orientações

Uma grande mobilização envolvendo Prefeitura, Governo do Estado e Federal, Exército, Marinha e Aeronáutica foi preparada para este sábado (13), na Mobilização Nacional de Esclarecimento contra o Aedes aegypti. Pelo menos mil pessoas estarão nas ruas do Continente e da Ilha para fazer um verdadeiro pente fino nos imóveis localizados em áreas com infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

 

Na Ilha, a ação será mais de conscientização e panfletagem. Já na área continental será feita fiscalização e limpeza de criadouros de larvas. A expectativa é de que entre 10 mil a 15 mil imóveis sejam visitados neste único dia nos bairros Rio Tavares, Campeche, Ribeirão, Tapera, Carianos, Ingleses, Rio Vermelho, Centro (Beira Mar), Capoeiras, Coloninha, Estreito, Jardim Atlântico, Canto, Balneário, Coqueiros, Abraão e Monte Cristo.

 

A abertura do evento será às 9 horas, no Parque de Coqueiros, com a presença de autoridades do município, dos secretários de Saúde de Florianópolis, Daniel Moutinho Junior, e do Estado, João Paulo Kleinubing, do governador Raimundo Colombo e da presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, representando o Governo Federal.

 

Do Exército, estarão mobilizados 300 soldados, que terão reforço de 340 homens da Aeronáutica e 120 da Marinha. Além disso, estarão em campo os 75 agentes de combate a endemias, agentes comunitários de saúde e voluntários. Como o Continente é a região mais afetada por focos do mosquito, os esforços serão concentrados na fiscalização e limpeza dos imóveis, com eliminação das situações de risco. A ação terá apoio da Comcap.

 

Números

Embora não tenha registrado casos autóctones dessas doenças até o presente momento, Florianópolis encontra-se especialmente vulnerável, seja pela grande e crescente quantidade de focos, seja pelo aumento de pessoas infectadas nos primeiros meses do ano (moradores viajando ou turistas vindos de áreas de transmissão). “O histórico da dengue em todo o País nos mostra que o poder público, sozinho, não é capaz de afastar a epidemia. A população também é responsável por eliminar os focos do mosquito”, afirma o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior.

 

A capital catarinense segue sem registros de contaminação de dengue, zika ou chikungunya dentro do próprio território. Como Florianópolis não é área de transmissão dessas doenças (dengue, zika ou chikungunya), não se justifica nenhuma ação restritiva à gestação no momento. O Município está atuando em uma grande sensibilização dos serviços de saúde para que identifiquem e notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito, o que tem sido monitorado de perto pela Vigilância Epidemiológica.

 

Em Florianópolis, foram registrados 254 focos em 2015, sendo 83% na Região Continental. Em 2016 já foram identificados 42 focos, dos quais 41 estão no Continente. Foram confirmados sete casos de dengue em 2016, todos contraídos fora do município, e outros 117 estão em investigação. A Capital tem um caso confirmado de zika, também contraído fora, 17 em investigação, e outros nove sendo analisados para chikungunya.

 

Histórico

Desde o verão passado, quando Itajaí registrou os primeiros casos autóctones da doença, Florianópolis criou o Programa de Combate à Dengue. Já a sala de situação municipal, envolvendo as principais secretarias da Prefeitura de Florianópolis, a Comcap e outras entidades parceiras, foi instalada em outubro de 2015, três meses antes da determinação do Ministério da Saúde.

 

Entre tratamento em áreas de foco e denúncias encaminhadas à Ouvidoria, a Prefeitura de Florianópolis atende a mais de 30 mil imóveis por mês. Vinte mil deles são decorrentes dos trabalhos de tratamento em áreas de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.


A este número, que cresce a cada dia, somam-se as denúncias feitas à Ouvidoria, pelas redes sociais, além dos chamados pontos estratégicos (floriculturas, cemitérios, borracharias e ferros-velhos, entre outros), os pontos onde há armadilhas para o vetor e as visitas a locais onde são detectados casos suspeitos da doença.


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