05/06/2017 - SMS - Saúde
Decreto cria Programa Municipal de Agricultura Urbana

foto/divulgação: Cristiano Andujar

Prefeito assina decreto que coloca Capital na vanguarda do desenvolvimento sustentável

Como parte das comemorações pela Semana do Meio Ambiente, o prefeito Gean Loureiro assinou, nesta segunda-feira (05), às 14h30, decreto que institui o Programa Municipal de Agricultura Urbana. O projeto coloca a Capital catarinense na vanguarda das cidades do País em desenvolvimento sustentável. "Esse programa nos ajuda a alcançar o objetivo de tornar Florianópolis uma das cidades mais criativas e inteligentes do mundo, segundo o BID", disse o prefeito.

A intenção é que todos os centros de saúde, informa Francisca Daussy, coordenadora de Promoção da Saúde, tenham alguma experiência com compostagem e hortas comunitárias, a exemplo do Jardim Atlântico, que receberá o mutirão, dia 07, a partir das 8h. Também nas escolas da rede municipal, as práticas são recorrentes e chegaram a ser institucionalizadas com orientação do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro).
Programa
O Programa Municipal de Agricultura Urbana permite exclusivamente práticas agroecológicas que envolvam produção, agroextrativismo, coleta, transformação e prestação de serviços, de forma segura, para gerar produtos agrícolas, pesca e pecuários voltados ao consumo próprio, trocas, doações ou comercialização, reaproveitando-se de forma eficiente e sustentável os recursos e insumos locais.
Desde agosto de 2015, com adesão da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), em parceria com a Câmara de Diretores Lojistas (CDL), o programa, ainda informal, ganhou a vitrine da Feira de Orgânicos Viva a Cidade, aos sábados, no Largo da Alfândega. De lá pra cá, foi implantada horta sintrópica no Parque Jardim Botânico de Florianópolis, com pátio modelo de compostagem, além de mais de uma dezena de hortas comunitárias em bairros como a Daniela e nos centros de saúde.
Estratégico
A implantação de horta e compostagem é uma ação estratégica para a Comcap, na medida em que estimula e fortalece a destinação correta e descentralizada dos resíduos orgânicos. “Com uma atitude simples de separar os restos de alimentos, o cidadão resolve no seu quintal parte do complexo desafio de melhorar o ambiente e de reduzir custos públicos com a coleta e aterramento de lixo”, incentiva o presidente da Comcap, Carlos Alberto Martins.
Por isso, a Comcap faz a doação de composto orgânico e cepilho (restos de podas triturados) produzidos no Centro de Valorização da Resíduos da Comcap no Itacorubi e empresta ferramentas como pás, enxadas, vassouras de aço e carrinhos de mão.
Agricultura Urbana
De acordo com Francisca Daussy, da Secretaria de Saúde, as práticas de agricultura urbana têm contribuído de forma expressiva na melhoria das condições nutricionais e de saúde, de lazer, de saneamento, valorização da cultura, interação comunitária, educação e cuidado com o meio ambiente, função social do uso do solo, geração de emprego e renda, agroecoturismo, melhoria urbanística da cidade e sustentabilidade.
“Outro aspecto importante está no incentivo ao cultivo de hortas urbanas em espaços públicos, comunitários ou residenciais com o desenvolvimento de atividades pedagógicas, lúdicas e terapêuticas para a população geral, mas, sobretudo para as pessoas em situação de vulnerabilidade social”, explica.
 As atividades planejadas buscam consolidar a gestão dos resíduos sólidos, cumprindo a meta de reduzir o envio de resíduos recicláveis para os aterros sanitários, estimular as práticas alimentares, hábitos de vida saudáveis, o cultivo e uso de fitoterápicos e a manutenção de terrenos limpos, livres de agentes patogênicos ou vetores de doenças.