09/07/2015 - Continente
Comcap defende equilíbrio do sistema de coleta

Companhia executora dos serviços de limpeza urbana prepara propostas para I Conferência Municipal de Saneamento Ambiental 

foto/divulgação: Adriana Baldissarelli/Divulgação Comcap

Reunião Conselho Gestor de Limpeza Urbana sobre conferência de saneamento

O Comitê Gestor de Limpeza Urbana, formado pelo corpo técnico e gerencial da Comcap, aprovou em reunião na manhã desta quinta-feira (9) as propostas que a companhia apresentará na Conferência Municipal de Saneamento Ambiental, entre os dias 22 e 24 de julho. Os principais eixos defendidos pela Comcap, executora dos serviços de coleta de resíduos sólidos e de limpeza pública em Florianópolis, são a sustentabilidade econômica e financeira do sistema e a definição de uma rota tecnológica adequada para uma cidade do porte de Florianópolis.

 

“A Comcap tem propostas para modernizar o sistema de coleta de resíduos sólidos e de limpeza urbana, mas a cidade precisa escolher o tipo de serviço que quer porque terá de pagar por ele”, situou o presidente da Comcap, Marius Bagnati. Ele lembrou que a taxa de coleta praticada na cidade hoje é a mesma de antes de 1989, quando a cidade jogava o lixo no aterro do Itacorubi. Desde 1990, com a desativação do antigo lixão, os resíduos passaram a ser transportados até Biguaçu, com maiores custos, sem que houvesse uma atualização proporcional da cobrança.


Quem vai pagar o quê


“Agora as mudanças exigidas por lei em termos de desvio de resíduos do aterro sanitário são muito maiores, teremos de definir quem vai pagar o quê”, comenta. Hoje a taxa de coleta cobrada no IPTU não cobre, por exemplo, a coleta seletiva, nem a de lixo pesado e muito menos os serviços de varrição ou capina. “Tanto quanto definir os investimentos, temos de precisar a origem dos recursos para custear o saneamento ambiental”, recomenda.

Para atingir as metas da Lei 12.305, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, expôs a engenheira sanitarista Karina de Silva de Souza, gerente da Divisão de Pesquisa e Projetos, deverá ser elaborado o Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos que estabelecerá o modelo de coleta de resíduos e o tipo de tratamento para cada fração.

“A conferência vai validar com a sociedade as propostas de modernização do sistema de coleta e de limpeza da cidade”, corrobora o assessor técnico Wilson Cancian Lopes. A Comcap, embora seja apenas a executora dos serviços, oferecerá propostas durante a Conferência Municipal. A formulação das políticas públicas para o setor compete à Secretaria de Habitação e Saneamento e a fiscalização à Floram, Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Vigilância Sanitária.

Soluções integradas 

As principais mudanças indicadas pela Comcap são um conjunto de soluções que integre a coleta de porta em porta com a coleta contentorizada nas áreas comerciais e residenciais mais adensadas; a instalação de usina de triagem para recicláveis secos e a descentralização do tratamento de resíduos orgânicos.


Em termos de logística da coleta, a companhia prevê a implantação de estações de transbordo no Norte e no Sul da Ilha; a ampliação da rede de Ecopontos, dos atuais quatro pontos de entrega voluntária de resíduos para 10, e a dos PEVs de vidro para no mínimo 160 em toda a cidade (hoje são nove restritos à área continental).

 


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