01/09/2016 - SMS - Saúde
Educação em Saúde: a chave para a qualidade
Terceira matéria da série:Programas de residência foram o embrião para a criação da Escola de Saúde Pública do município

foto/divulgação: Petra Mafalda/PMF

O secretário de Saúde e os residentes

“Aqui em Florianópolis dá gosto de ser médico de família e comunidade. Não basta amar o que fazemos, é preciso ter estrutura. Isso é uma demonstração de respeito aos profissionais e, principalmente, à população.”

 

Foi com esse depoimento que Ana Priscila Freitas Lemos, que foi residente em Medicina da Família e Comunidade pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, despediu-se do estágio na Capital Catarinense, feito no ano passado.

 

Atualmente, há quase 120 residentes na rede de saúde de Florianópolis, tanto de Medicina da Família e Comunidade quanto Multiprofissional em Saúde da Família. Este é o terceiro ano em que a Prefeitura oferece o programa. “A iniciativa contribui para qualificação da rede municipal como cenário de formação de profissionais de saúde”, afirmou o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior.

 

Durante o período de formação, que dura dois anos, os profissionais residentes são inseridos na rede de Atenção Primária do Município, avaliada recentemente pelo Ministério da Saúde como a melhor entre as capitais do país. Com a formatura da primeira turma de Residência em Medicina da Família e Comunidade, o Município começa a colher e a comemorar os resultados.

 

Análise feita pelo diretor de Atenção Primária, Matheus Pacheco Andrade, mostra que os programas têm relação direta com a qualificação do atendimento ao usuário dos centros de saúde de Florianópolis, tanto pelos alunos como seus preceptores e médicos contratados, egressos da Residência.

 

Dados mostram quem os médicos egressos dos programas de Residência oferecem acesso à saúde a cerca de 30% mais pessoas, em relação aos demais profissionais, e sua resolubilidade nos atendimentos aumenta, encaminhando menos pacientes para outros níveis de atenção. 


Escola

 

Os programas de Residência foram o embrião de um projeto ainda mais grandioso: a Secretaria de Saúde acaba de criar a Escola de Saúde Pública de Florianópolis, que irá avançar os programas já existentes de educação permanente dos trabalhadores da saúde e ampliar as ações desenvolvidas em parceria com outras instituições no setor. A ideia é de, nos próximos anos, ofertar cursos de pós-graduação e cursos livres para os profissionais da área.

 

As escolas de governo – como a criada em Florianópolis – dedicam-se à formação e à qualificação do servidor público e acesso de integrantes de carreira pública. Além disso, veiculam as inovações teóricas, técnicas e metodológicas necessárias ao enfrentamento dos desafios no setor público, sem se descuidar do propósito de incentivar a promoção do debate sobre os desafios da agenda governamental e o compromisso ético requeridos aos profissionais que atuam nos serviços públicos.

 

Atualmente, a rede municipal de saúde de Florianópolis recebe cerca de dois mil estudantes por semestre, para a realização de diversos tipos de práticas educativas. Já o fomento à educação permanente em saúde tem acontecido desde a publicação da Política Municipal de Educação Permanente em Saúde, em 2011, com o desenvolvimento de planos de capacitações contextualizados, a realização de cerca de 250 cursos livres de capacitação profissional por ano e a instituição de uma publicação científica própria (Revista de Saúde Pública de Florianópolis), entre diversas outras ações que visam à transformação das práticas em saúde e a qualificação dos serviços.

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