21/08/2013 - SMC - Social
Drogas: Continente mapeia áreas críticas de consumo
Força-tarefa identifica pontos de moradia e uso de crack entre sem-teto

foto/divulgação: Aline Rebequi/SMC

Operação Abordagem deverá ocorrer com frequência no Continente

Uma grande operação para diagnosticar e mapear onde estão e como vivem os moradores de rua da região continental de Florianópolis foi realizada na noite desta terça-feira e madrugada de quarta por uma equipe de mais de 30 pessoas.


A força-tarefa envolveu Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC), Secretarias Municipais do Continente e da Assistência Social, além do reforço da Polícia Militar. No total, foram mapeados 18 pontos de moradia, a grande maioria por usuários de crack.

 

Esta foi a primeira operação deste ano realizada no Continente em parceria com Ministério Público. A Promotoria dos Direitos Humanos fez trabalhos semelhantes na Ilha e conseguiu diminuir o número de pontos de moradia e consumo de drogas em área pública.

 

A Operação Abordagem deve ocorrer com frequência no Continente e o principal objetivo é fazer uma radiografia dos pontos onde há moradores de rua e usuários de drogas em áreas públicas, como viadutos, pontes, praças, aterros e terrenos baldios. Durante a operação desta última noite, 18 pontos puderam ser diagnosticados pelas equipes que saíram a campo. Todos os casos têm uma característica em comum: o acúmulo de lixo e o abandono de áreas privadas sem manutenção, como casas abertas e terrenos baldios sem cercamento ou muro.

 

“Onde há lixo, há o usuário de drogas. Por isso sempre reforço a tese de que o lixo é o nosso maior problema a ser enfrentado no Continente. Se a população destinar corretamente e não jogar entulhos em terrenos baldios ou em qualquer outro local impróprio, conseguiremos melhorar muito esta questão”, avalia o secretário do Continente, João Batista Nunes.

 

Depois do diagnóstico completo da situação no Continente, de acordo com o promotor Daniel Paladino, o Ministério Público deverá reunir todas as entidades envolvidas para buscar uma solução.

 

“Neste primeiro momento, precisávamos saber exatamente qual era a realidade do Continente e qual a extensão dos pontos; agora, vamos em busca das soluções”, informou.

Para o secretário do Continente,  somente uma ação conjunta e uma força-tarefa entre todas as entidades envolvidas é que podem diminuir o número de pontos de moradores de rua e consumo de drogas em Florianópolis, contando inclusive com órgãos federais como o Dnit (em razão da via-expressa/BR-282) e demais prefeituras, como a de São José, que faz divisa com o Continente.