Assessoria de Políticas Públicas para Igualdade Racial e Combate a Intolerância Religiosa

19/03/2015 - Igualdade
Aniversário de morte de Cruz e Sousa
Pequena homenagem ao grande poeta

foto/divulgação: COPPIR

Cruz e Souza

Em 19 de março de 1898, há 117 anos, falecia o poeta João da Cruz e Sousa. Nascido em Nossa Senhora do Desterro, Cruz e Sousa, filho de escravos alforriados, deu início ao Simbolismo no Brasil, e seu trabalho é reconhecido mundialmente. Seus poemas já foram traduzidos em vários idiomas.

Quando dirigiu o jornal Tribuna Popular, utilizou este espaço para combater a escravidão e o racismo. 

Devemos manter a história de Cruz e Sousa viva e preservar suas obras, pois o poeta morreu sem receber este reconhecimento em nosso país. 

Livre

Livre! Ser livre da matéria escrava,
arrancar os grilhões que nos flagelam
e livre penetrar nos Dons que selam
a alma e lhe emprestam toda a etérea lava.


Livre da humana, da terrestre bava
dos corações daninhos que regelam,
quando os nossos sentidos se rebelam
contra a Infâmia bifronte que deprava.

Livre! bem livre para andar mais puro,
mais junto à Natureza e mais seguro
do seu Amor, de todas as justiças.

Livre! para sentir a Natureza,
para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.

(Cruz e Souza)