03/02/2014 - SC - Transportes
Tarifa mais baixa e passe livre a estudante carente
Com nova licitação, valor social da passagem será estendido a toda a cidade

foto/divulgação: Bianca Bertoli

Veículos terão acesso a cadeirantes

Um modelo de transporte coletivo mais moderno e eficiente está cada vez mais perto da realidade em Florianópolis. Nesta segunda-feria (3), a partir das 9 horas, haverá abertura dos envelopes da licitação do transporte e qualquer que seja a empresa ou consórcio vencedor haverá redução da tarifa. Assim que o contrato foi assinado, a redução mínima será de R$ 0,10, mas dependendo da concorrência pode ser ainda maior.

 
Além de uma tarifa mais barata, haverá ainda a ampliação da tarifa social (R$ 1,70) para todas as regiões da cidade. Atualmente, apenas moradores do  Maciço do Morro da Cruz têm acesso ao benefício, que será operado por meio de um cartão social e vai alcançar cerca de 50 mil trabalhadores com renda familiar de até três salários mínimos.
 
Haverá também a instituição do passe livre para estudantes oriundos de famílias carentes, cadastradas no sistema de assistência social da Prefeitura, o que representa hoje um universo de seis mil jovens. Com o novo contrato, a administração municipal deixa de conceder cerca de R$ 20 milhões/ano em subsídio às empresas e também ganha mais força para fiscalizar o cumprimento do contrato.
 
No novo sistema, todos os ônibus contarão com acesso para pessoas com deficiência. Outra inovação é a implantação da integração em qualquer ponto de ônibus, sem a necessidade de o passageiro ter que obrigatoriamente ir até os terminais.
 
Qualidade do sistema
 
Outra novidade é o Sistema de Apoio a Operação (SAO), que vai controlar e gerenciar a operação do sistema 24 horas. Com o SAO será possível obter informações em tempo real, possibilitando tomadas de decisões mais rápidas em relação ao gerenciamento do sistema.
 
O controle de passageiros também será eficiente, diminuindo conflitos como atrasos e superlotação dos coletivos. A empresa ou consórcio vencedor não será remunerada por quilômetro percorrido, como ocorre atualmente, mas sim pelo resultado apresentado em indicadores de qualidade, como eficiência, pontualidade e atendimento ao usuário. Além disso, os cerca de 20 milhões anuais de subsídio serão utilizados na concessão de benefícios como o passe livre e a extensão da tarifa social a toda a cidade.