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18/05/2012 - Cultura
Filme: O Bandido da Luz Vermelha
Cine Acelt, Apresneta o filme: O bandido da Luz Vermelha nesta quarta 23/05 às 19h

foto/divulgação:

O Fime: O Bandido da Luz Vermelha

O que: filme: O Bandido da Luz Vermelha

Quando: 23/05/2012

Horário: 19h

Classificação: 16 anos

Onde: Cine Acelt (Bilbioteca, Municipal Professor Barreiros Filho - Rua João Evangelista da Costa, 1160 - Estreito  - Fone: 3271 7914)

 

Sobre o Filme:

 

Bastou um primeiro longa-metragem para Rogério Sganzerla selar seu nome na linha de frente da cultura brasileira. O Bandido da Luz Vermelha é um dos filmes mais influentes da nossa história, grande sucesso de crítica e bilheteria em sua época. Lançou as bases do chamado Cinema Marginal, que se opunha ao Cinema Novo por substituir o corpo a corpo direto com a realidade pela relação com os signos, o simulacro, o escracho. Uma estética “suja” e sofisticada ao mesmo tempo, em diálogo aberto com a Nouvelle Vague, Orson Welles, a Boca do Lixo e a cultura de massa. Um clássico que nunca deixou de ser contemporâneo. No mesmo programa, o curta Documentário, de Sganzerla com fotografia de Andrea Tonacci, situa um pouco o cenário e as convicções (mais as dúvidas, talvez) que serviram de berço para O Bandido da Luz Vermelha.

 

O título do curta Documentário pretende ser uma pista falsa, um conceito brincante. Dois atores flanam pelo centro de São Paulo enquanto discutem que programa vão fazer naquela tarde. Pura Nouvelle Vague. Mas, no fim das contas, ficamos mesmo com uma espécie de documentário. A manchete de um jornal grita “A subversão está voltando”. As portas de cinema exibem cartazes de filmes de Hitchcock, dos Beatles, de Orson Welles. A câmera 16mm flana junto com os atores, lançando um olhar documental sobre ruas e calçadas. Rogério Sganzerla na direção e Andrea Tonacci na câmera. Jovens cinéfilos paulistas em 1966.

 

“O bandido pode atacar a qualquer momento” – assim é a linguagem do filme. Disco voador, cenas de filmes estrangeiros, show musical, performances na rua (típicas do Cinema Marginal) – tudo pode aparecer
de repente, sem código conhecido que justifique. Tempos e lugares se
alternam livremente. Instala-se um desencontro criativo entre som e
imagem. O bandido apaga a palavra “cabeça” e escreve “cabessa”. Temos o elogio do erro proposital, a derrubada dos cânones.