Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana

18/12/2023 - Limpeza pública
Prefeitura de Florianópolis contrata novas tecnologias para capina urbana
Capinação mecânica, elétrica e térmica vão permitir livrar a cidade do mato em vias e áreas públicas

foto/divulgação: Guilherme Bento/Divulgação PMF

Capina térmica

A Prefeitura de Florianópolis colocou em operação novo serviço de capinação mecânica, térmica e elétrica para controle e remoção de mato em vias e áreas públicas.

 

Os novos equipamentos dão eficiência às equipes de limpeza urbana, com ganhos em segurança e ergonomia do trabalho e redução de custos públicos. Com a _capina tech_, será possível fazer de dois a três giros por toda cidade a cada ano, assumindo o controle sobre o mato que prejudica a paisagem urbana e as condições de tráfego para veículos e pedestres.

 

“A tecnologia chegou para melhorar os serviços e deixar a nossa cidade mais limpa”, afirma o prefeito Topázio Neto.  Cíntia Vaniel, moradora do Santa Mônica, aprovou a  inovação tecnológica para controle do mato. “É um dia feliz para nosso bairro, porque a prefeitura faz a capina elétrica, sistema ecológico que não afeta o ambiente, nem animais e pessoas. Espero que continuem com ações sustentáveis no cuidado com a cidade”, comentou ela.

 

Florianópolis tem 1,7 mil quilômetros de malha viária e 3,4 mil quilômetros de meio-fio para serem mantidos sem o uso de agrotóxico ou qualquer produto que ofereça risco aos trabalhadores e ao ambiente. As tecnologias são complementares e adequadas às diferentes topografias e usos da cidade, explica o secretário municipal de Limpeza e Manutenção Urbana e presidente da Comcap, João da Luz.

 

Ganha o contribuinte e melhora a vida do trabalhador, assegura o subsecretário de Limpeza Pública, Alcebíades Pinheiro. “Contratamos um conjunto de equipamentos que vai melhorar qualidade de vida do empregado e atender questões de saúde pública da cidade”, aponta ele.

 

O salto de qualidade no serviço é comparável à adoção dos quadriciclos na limpeza da orla desde 2014. “De lá pra cá, pudemos parar de puxar sacos de lixo nas praias, com carrinho de mão, bambu ou no braço mesmo. Melhorou a produtividade, a qualidade de vida do trabalhador e o cuidado com o recurso público”, lembra Patrick Coelho, auxiliar operacional que acompanha e recomenda a adoção de novas tecnologias na limpeza pública.

 

Capina mecânica

Ao valor de R$ 0,81 por metro linear executado, a capinação mecânica custa apenas 40% do serviço feito de forma tradicional. Em Florianópolis, será operada com quatro caminhões equipados com varredeira e capinadeira. Dois já estão em operação, o terceiro chega nesta sexta (8) e o quarto, dia 18 de dezembro.

 

Cada equipamento capina aproximadamente 800 metros lineares por hora. Se fosse braçal, essa produção exigiria de 13 a 16 pessoas em serviço pesado e desgastante, responsável por doenças e lesões em braço, joelho, perna, tornozelo e coluna.

 

O equipamento arranca mato e areia da via, em faixa de 60 centímetros, aspira e acondiciona os resíduos e os leva para transbordo no Centro de Valorização de Resíduos (CVR). O equipamento é georreferenciado e o serviço será remunerado por metro executado se o resultado for aprovado por fiscal da limpeza pública.

 

Entre quatro a cinco meses todas as ruas de todos os bairros deverão receber o serviço de capinação mecânica. O serviço está programado em quatro roteiros.

 

_Roteiro Norte_

Ingleses, Santinho, Daniela, Jurerê, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Lagoinha, Praia Brava, Ratones, Vargem do Bom Jesus.

 

_Roteiro Sul/Oeste_

Campeche, Rio Tavares, Armação, Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha, Tapera, Cacupé e Santo Antônio de Lisboa.

 

_Roteiro Central_

Saco Grande, Bacia Itacorubi, Centro (Maciço do Morro da Cruz), Saco dos Limões, Costeira do Pirajubaé e Carianos.

 

_Roteiro Continente/Leste_

Continente, Rio Vermelho, Barra da Lagoa, Lagoa da Conceição e Joaquina.

  • 60% mais barata que capina tradicional
  • 4 roteiros Norte, Sul/Oeste, Central, Continente/Leste
  • 800 metros lineares/hora evitando esforço
  • de 16 pessoas em trabalho pesado

 

 

Capina elétrica

Com custo de R$ 1,76 por metro linear executado, entrou em operação nesta em novembro em Florianópolis uma capinadeira elétrica que seca plantas daninhas em 72 horas. A produtividade do equipamento é de dois quilômetros por hora e, como permite desenhar a linha de aplicação, facilita o trabalho de acabamento em canteiros e meio-fios.

 

O sistema é muito usado em lavouras de café, pela precisão e segurança da aplicação. A capina elétrica tem efeito parecido com herbicida à base de glifosato, só que não oferece risco às pessoas nem ao ambiente.

 

Será usado preferencialmente em áreas planas e úmidas em bairros como Jardim Anchieta, Parque São Jorge, Carianos, Daniela, Açores, Abraão.

 

Choque na planta, a seiva é que faz o circuito fechar, une o pólo negativo com positivo e seca a planta. A capina elétrica será usada principalmente para controle da vegetação, auxiliando a capinação mecânica nas vias.

  • choque seca plantas daninhas em 72 horas
  • acabamento em canteiros e meio-fios
  • como defensivo, mas sem riscos
  • uso em áreas planas e úmidas onde mato cresce muito

 

 

Capina térmica

A capinação térmica terá custo de R$ 0,70 por metro quadrado executado. Será usado um equipamento em Florianópolis. Trata-se de caminhão pequeno que vai com caixa de mil litros d’água e o equipamento que ferve a água.

 

A capina térmica basicamente substitui o cri-cri, equipamento desenvolvido pelos trabalhadores da Comcap para remover de forma manual o mato que cresce entre o pavimento como lajotas, paralelepípedos e petit-pavê.

 

Vai atender as grandes praças e áreas públicas como Alfândega, Pereira Oliveira, Tancredo Neves, escadarias, cemitérios, e outros locais de capina para locais de difícil acesso. Substitui trabalho braçal desgastante e de baixa produtividade. Inclui mangueira de 50 metros para ampliar área de alcance. 

 

Enquanto o trabalhador faz em torno de 200 metros de cri-cri por jornada, o equipamento vai conseguir fazer cinco vezes mais, um quilômetro por período.

 

Trata-se de água fervente que seca o mato e espuma biodegradável com substâncias que não agridem o ambiente. A espuma é só para manter a água quente por mais tempo, não tem função na planta.

 

A vegetação seca completamente, restando apenas sementes. A planta que recebe a água em 48 horas começa a ficar murcha e em sete dias estará completamente seca.

  • água quente seca em sete dias mato entre lajotas e pedras
  • atende praças, escadarias, cemitério, locais de difícil acesso à capina
  • 2 km por hora, cinco vezes mais o que trabalhador com cri-cri consegue por dia.


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