Secretaria Municipal de Educação

24/10/2012 - Educação
Campanha contra o tabagismo mobiliza rede de ensino da capital
Professora e auxiliar de serviços gerais comemoram um novo estilo de vida mais saudável, longe do vício de cigarro.

foto/divulgação: Creche Joel Rogério de Freitas

Profissionais e crianças da Creche Joel Rogério de Freitas participam da inciciativa

Há cerca de um mês, a professora, Regina Horn, 48, da Escola Desdobrada Municipal Jurerê, respira mais aliviada. Depois de 15 anos entre idas e vindas constantes, ela finalmente parou de fumar.  Teresinha Aparecida Coelho, 45, auxiliar de serviços gerais da mesma escola, que começou a fumar aos 15 anos, por influência da irmã, também comemora o abandono do cigarro. O que as duas têm em comum é que a inspiração para a adoção de um hábito de vida mais saudável partiu da campanha “Escola Promotora da Saúde- Área 100% Livre de Fumaça”, promovida pelo Departamento de Saúde do Servidor (DESABES), da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, que visa conscientizar os profissionais do magistério da rede pública municipal de ensino, sobre os problemas do tabagismo e as formas de se livrar do vício.

 

Para celebrar o aniversário do mascote da campanha, o “Purinho”,  todas as unidades de ensino da capital podem relatar os resultados obtidos com a iniciativa através do endereço eletrônico: prosabes@pmf.sc.gov.br. Algumas histórias selecionadas serão divulgadas pela Secretaria.

 

O objetivo é reforçar o debate no cotidiano escolar sobre os benefícios de conviver em áreas livres de fumo, tendo como base a Lei Municipal nº 8042/09, que proíbe o tabagismo em espaços cobertos de uso coletivo, quando houver sinalizações.

Todas as unidades educativas públicas municipais participam do projeto que envolve mais de três mil funcionários efetivos da educação.

 

Histórico

O projeto, implantado em 31 de maio de 2011, Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, superou os objetivos estabelecidos e ultrapassou os muros das escolas levando pais, familiares e amigos a aderirem ao movimento.

Os educadores e demais profissionais da rede receberam folders tratando do assunto de forma lúdica e explicativa.

A campanha também incluiu uma maratona que levou o mascote às escolas, creches e NEIs, para que cada um sugerisse um nome para o boneco. Posteriormente, houve a criação de uma comissão para seleção dos dez nomes mais representativos, que foram colocados para votação popular online. Com 43% dos votos, o nome escolhido foi Purinho.

A idealizadora foi a aluna Larissa Cristina de Amorim, 9 anos, da Escola Básica Batista Pereira, que na época foi premiada com uma placa e uma camiseta com o personagem.

 

O choque de Teresinha

 

Anualmente, cerca de 5,1 milhões de pessoas em todo o mundo morrem vítimas dos problemas de saúde desencadeados pelo consumo do tabaco. Esse índice é maior que a soma de óbitos por cocaína, heroína, álcool, AIDS, suicídios e acidentes de trânsito.

 

As 4.720 substâncias químicas do cigarro causam doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer.  A professora do ensino fundamental, Regina Horn, sentia problemas constantes com a voz, seu principal mecanismo de trabalho em sala de aula, e sofria com crises de tosse, tendo que, muitas vezes, tinha de tomar água para se recuperar. “Minha voz, muitas vezes, falhava, e quanto mais eu falava, mais tosse eu tinha e a garganta ficava ressecada durante todo o dia”. Hoje ela brinca: “Depois que parei de fumar me sinto maravilhosa. Minha pele, meu cabelo estão mais bonitos e estou mais cheirosa”.

 

O choque foi maior para Teresinha Aparecida Coelho, depois que os pais morreram vítimas de enfisema pulmonar. Os dois não eram fumantes, mas o problema já serviu de alerta para que ela largasse o vício. Somado a isso, havia cobrança por parte do marido e dos filhos. “Eles reclamavam do mau cheiro causado pelo cigarro e diziam que eu iria morrer cedo. Fumava uma carteira por dia. Agora, percebo que estou mais saudável”, relata a auxiliar de serviços gerais.


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