Além da divulgação dos resultados de pesquisas, as ações devem motivar alternativas para ações e campanhas de conscientização
A Vigilância em Saúde do Trabalhador de Florianópolis lançou o primeiro boletim com dados da rede municipal de saúde sobre acidentes de trabalho na Capital. O setor foi criado em 2015 em substituição ao Cerest para as ações nesta área.
Mesmo sendo a cidade com melhor IDH entre as capitais brasileiras, Florianópolis apresenta sérios problemas de acidentes de trabalho graves e fatais. No ano passado, a Rede de Atenção de Saúde de Florianópolis notificou 473 agravos relacionados ao trabalho.
Mudar o cenário negativo em relação aos números de acidentes de trabalho na Capital é a missão da Vigilância. O objetivo é educar e conscientizar tanto trabalhadores quanto empregadores sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho.
As ações da vigilância devem motivar alternativas para ações e campanhas de conscientização e divulgar os resultados de pesquisas. Além disso, cruzar dados e aumentar a confiabilidade dos números. Em Santa Catarina, dados do INSS apontam um índice 48% superior à média nacional nos afastamentos temporários do trabalho entre 2005 e 2011. Além disso, segundo o IBGE, Santa Catarina ocupa o 1º lugar no ranking nacional do trabalho infantil, na faixa etária de 10 a 17 anos.
Algumas doenças relacionadas a atividades econômicas predominantes em Florianópolis, como o setor de serviços são as lesões por esforços repetitivos e os transtornos mentais relacionados ao trabalho. O setor de Saúde, amplamente difundido no município, por sua vez, é responsável por muitos acidentes com risco biológico, como a transmissão do HIV e das Hepatites B e C.