Secretaria Municipal de Educação
A partir da próxima semana, os centros de saúde e escolas irão se reunir para organizar o início da vacinação contra o HPV em alunas da rede municipal de ensino de Florianópolis.
O tratamento é para combater principalmente o câncer de colo de útero. HPV é uma abreviação para a doença chamada de “papilomavírus humano”, transmitida predominantemente pela relação sexual.
Após agendamento, profissionais dos centros de saúde irão até os estabelecimentos para aplicar a vacina, injetável no braço ou na coxa. A medida irá beneficiar 1.839 alunas na faixa etária de 11 a 13 anos. As garotas estão matriculadas entre o 6º ano e o 8º ano em 28 escolas.
A ação nacional é do Ministério da Saúde e apoiada pelas secretarias municipais de Saúde e de Educação, por intermédio do Programa Saúde na Escola (PSE). O PSE ter por objetivo incentivar as discussões a respeito da educação e sexualidade no ambiente dos estabelecimentos de ensino.
Cada família irá receber um termo de autorização para que libere oficialmente as suas filhas para que tomem a vacina. Junto com o documento seguirão informações a respeito da importância da adolescente ser imunizada contra a doença.
A primeira dose será dada na escola. Mas serão necessárias mais duas. A segunda daqui a seis meses e a outra num prazo de cinco anos.
Conforme o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a moléstia matou 5.160 mulheres em 2011.
É considerado, para o INCA, o terceiro tumor mais frequente na população feminina, perdendo apenas para o câncer de mama e o do colorretal. Para este ano, mais de 15 mil mulheres devem ser infectadas pelo vírus, segundo a estimativa do Instituto.
Uma pesquisa do governo federal aponta que no Sul do país, a atividade sexual das garotas começa a partir dos 12 anos. Mas no Norte e Nordeste, a primeira relação pode ocorrer já aos 10 anos. Por isso que a vacina busca atingir um público intermediário, entre 11 e 13 anos.
Todas as mulheres podem ser vacinadas, até aquelas que já contraíram em algum outro momento o vírus. O organismo estará protegido para possível nova contaminação. Além de câncer, o HPV provoca verrugas no órgão genital e no ânus.
A vacina não tem efeito colateral. As reações são parecidas como a de qualquer outro medicamento: dor, febre ou alergia.
Papanicolau
O câncer de colo de útero demora a se desenvolver. A modificação das células são descobertas com o exame preventivo, o Papanicolau.
O exame foi descrito pela primeira vez em 1924 pelo médico grego George Papanicolau. Rápido, é feito geralmente durante uma consulta ginecológica.
Pela análise de uma amostragem de células coletadas no colo do útero, é possível detectar células anormais pré-malignas ou cancerosas.
Ranking
Segundo dados do INCA, o câncer do colo de útero tem maior incidência no Norte do país, com 24 casos em 100 mil mulheres. Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente, há 22 e 19 casos por 100 mil.
No sul são 16 casos por 100 mil e no sudeste 10 casos por 100 mil.