Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes

15/08/2013 - Cultura
Espetáculo de dança estreia no Teatro da UBRO
Primeiro trabalho solo da bailarina Karin Serafin como coreógrafa terá três sessões gratuitas

foto/divulgação: Cristiano Prim

Karin Serafin

Após se apresentar em um espetáculo com o Cena 11, premiado grupo de dança contemporânea de Florianópolis, a bailarina Karin Serafin ouviu da mãe uma frase contundente: “Aquilo foi a pior coisa que já vi”, desabafou Marluce Serafin. O comentário curto e direto ajudou a bailarina a encontrar inspiração para fazer o seu primeiro projeto como coreógrafa. O espetáculo solo Eu Faço uma Dança que a Minha Mãe Odeia estreia no Teatro da UBRO, de sexta-feira a domingo (16 a 18), com entrada franca.

 

Dirigido por Renato Turnes, que assina pela primeira vez um trabalho em dança contemporânea, o espetáculo propõe um diálogo sobre as expectativas, projeções e decepções estabelecidas no relacionamento entre mãe e filha. Fala sobre a esperança fundada em promessas não feitas. Expõe hábitos, gostos e referências que, de maneira difusa ou silenciosa, são transmitidos e assimilados. E permanecem, pois nenhuma pessoa está livre da história que a precede.

 

Sonhos e projeções

 

Desde cedo apresentada ao universo das artes que povoava os sonhos da família, Karin Serafin iniciou os estudos de piano e canto coral aos 5 anos, por incentivo de uma tia e insistência da mãe, dona Marluce. Permaneceu por mais de uma década na área da música até que, aos 14 anos, viu uma apresentação de jazz que despertou seu interesse. Fez aulas de ballet e jazz, mas foi na dança contemporânea que se realizou profissionalmente.

 

No Grupo Cena 11, criado em 1990, a bailarina iniciou a carreira artística que a distanciou de vez das expectativas da mãe. Não havia uma história, nem princesas, beleza, leveza ou alegria. Nem a música era compreensível. As projeções feitas pela mãe da bailarina não foram correspondidas. Embora entendesse que a filha era uma artista, dona Marluce não enxergava naquela arte todas as referências, hábitos e gostos que tinha transmitido à primogênita da família. Mas mesmo assim, eles estavam lá.

 
 

Serviço:

 

O quê: Eu Faço uma Dança que Minha Mãe Odeia

Quando: sexta-feira e sábado (16 e 17) - 21h

             domingo (18) - 20h

Onde: Teatro da UBRO / Fundação Franklin Cascaes

            Escadaria da Rua Pedro Soares nº 15 - Centro

            (48) 3222-0529

Informações: www.minhamaeodeia.com

Quanto: gratuito


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