Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes

18/07/2011 - Educação
Pinto da Luz pede apoio de Ministra para homenagear Cruz e Sousa
IdeliSalvatti, titular da pasta de Relações Institucionais, salientou que vai seempenhar para que o poeta simbolista tenhaum selo comemorativo dos seus 150 anos de nascimento

foto/divulgação:

Pinto da Luz, Ideli Salvatti e o diretor geral dos correios Márcio Miranda Vieira.

Nesta segunda-feira (18), o Secretário de Educação da Capital Catarinense Rodolfo Pinto da Luz esteve com a Ministra de Relações Institucionais da Presidência da República Ideli Salvatti. Pinto da Luz pediu apoio para que o Governo Federal,por meio dos Correios, lance um selo comemorativo aos 150 anos de nascimento deCruz e Sousa. O Secretário levou até uma sugestão de selo, que além da figurado poeta, possui uma foto de Florianópolis do século 19.

 

A Ministradisse que vai se empenhar para que o poeta simbolista receba esta homenagem. “Cruze Sousa merece muito mais”, observou Ideli Salvatti, na sede central dos Correios de Santa Catarina, localizada em São José, município vizinho aFlorianópolis.   ´

 

Uma solicitação oficial, para viabilizar oselo, também será encaminhada ao Ministro das Comunicações Paulo BernardoSilva. Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, na capital catarinense, então chamada de Nossa Senhora do Desterro.

 

Pinto da Luz faz parte do Grupo Articulador das Comemorações do Sesquicentenário de umdos vanguardistas da Literatura Brasileira. Para o Secretário de Educação, “avalorização de um escritor como Cruz e Sousa, referência literária nacional einternacional, reconhecido pela dimensão poética de sua obra, exige umacomemoração que marque o seu nascimento”. 


 

 

Combateao racismo

 

Cruz e Sousa nasceu João da Cruz.  Filho dos negros alforriados Guilherme da Cruze Carolina Eva Conceição, desde pequeno  a educação da criança  ficousob a responsabilidade do ex-senhor da família, Marechal Guilherme Xavier de Sousa, e da esposa Clarinda Fagundes Xavier de Sousa. O casal, que não tinha filhos, além de cuidar de João da Cruz, deu o sobrenome a ele.

Em 1881,Cruz e Sousa já  comandava o Jornal Tribuna Popular, combatendo aescravidão e o preconceito racial. Dois anos depois, foi recusado como promotorda cidade de Laguna, justamente por ser negro.

 

Simbolismo

 

Cruz e Sousa aprendeu francês, latim e grego, bem como se dedicou à matemática eciências naturais. O primeiro livro do poeta foi lançado em 1885, Tropos e Fantasias, em parceria com Virgílio Várzea. Em fevereiro de 1893 pubica Missale no mesmo ano, em agosto, é a vez de Broqueis, que dá início ao Simbolismo no Brasil, movimento literário que se estende até 1922.

 

Tuberculose

 

Cruz e Sousa casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos,mortos por tuberculose.  O poeta faleceu em 19 de março de 1898 nomunicípio de Antônio Carlos, Minas Gerais, igualmente vítima da tuberculose. Ocorpo dele foi transportado para o Rio de Janeiro num vagão para cavalos. Lá,no Cemitério de São Francisco Xavier, foi sepultado por seus amigos, dentre osquais José do Patrocínio, um dos destaques dos movimentos abolicionista e republicano. No Rio de Janeiro ficou até 2007, quando teve seus restos mortaisacolhidos no Museu Histórico de Santa Catarina- Palácio Cruz e Sousa, no coração de Florianópolis.


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