Secretaria Municipal de Assistência Social

19/05/2010 - Social
Palestras reúnem funcionários do CREAS no dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Protocolo de atendimento às vítimas e importância do histórico da violência estiveram entre os tema discutidos

foto/divulgação: Joana Neitsch

Palestra da Dra. Silvana Melo de Oliveira: A importância da coleta da história da violência no momento do acolhimento

O dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio, foi lembrado com as atividades do Programa de Prevenção do Centro de Referência Especializado em Assistência Social. Os funcionários do CREAS assistiram a palestras no auditório do SENAC na última terça-feira.

 

Pela manhã, o tema foi a Rede de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual, com palestra da Coordenadora da Rede de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual (RAIVVS), a enfermeira Caroline Schweitzer de Oliveira. Em seguida, a palestrante foi Alessandra Rosa Koehler, Perita do Instituto de Análise Laboratoriais (IAL) – Instituto Geral de Perícias (IGP).

 

O Protocolo de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual foi discutido. Os objetivos do Protocolo são determinar os caminhos a serem seguidos quando ocorre a denúncia de abuso, definir a maneira como devem ser divulgados os serviços, incentivar as denúncias e garantir do atendimento integral, que deve incluir as instituições da saúde, segurança pública, justiça e desenvolvimento social. Através do Protocolo os serviços devem ser centralizados para evitar que a vítima tenha que se deslocar entre as instituições e possa, se desejar, fazer a queixa no próprio hospital.

 

À tarde, esteve em pauta A importância da coleta da história da violência no momento do acolhimento, com palestra da Dra. Silvana Melo de Oliveira, perita médica legista do IML. A médica destacou como é fundamental que em cada instância do atendimento à vítima de violência sexual seja feito um histórico da realidade de onde vem a criança. Devem ser questionados aspectos como o sentimento que a criança tem em relação à família, se houve mudanças recentes na vida familiar, como é a relação dos pais e o ambiente onde vive a família. A troca de informações entre os colegas de diferentes áreas – assistente social, médico, delegado e promotor – pode ajudar a definir se ocorre violência e como deve ser o tratamento.

 

Durante as atividades os profissionais do CREAS que participavam puderam expor suas dúvidas e compartilhar desafio que encontram na rotina de trabalho. Foi lançada a ideia de que eventos com essas temáticas sejam realizados com outros profissionais, como os da saúde e da segurança.

 

O dia 18 de maio ainda é pouco conhecido da população brasileira. Para a Dra. Silvana, a data tem mais alcance com os profissionais que lidam com a questão da violência sexual: “eles conhecem mais o assunto, estão sensibilizados e essa data é uma oportunidade para renovar as forças”. Na opinião dela, o público em geral ainda não tem dimensão da importância do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantojuvenil. “Quando a mídia dá destaque para um crime, as pessoas prestam atenção, se revoltam, mas logo esquecem. É preciso que, além de fazer denúncia, as pessoas se informem e não sejam coniventes com qualquer tipo violência”, explica a médica.