Secretaria Municipal de Saúde
Osteoporose, hipertensão arterial, diabetes, tireoide, desgaste na estrutura óssea do quadril. A lista de problemas de saúde da aposentada Mantura Serquis Arruda, 73 anos, é grande, mas ela não se abate. “Recebo meus remédios em casa, cuido da minha saúde desde jovem e sou muito bem atendida no centro de saúde do meu bairro. Não posso reclamar e muito menos parar a minha vida. Todos esses cuidados que recebo me dão motivação para me manter ativa e cheia de energia”, contou.
Moradora do bairro Jardim Atlântico, ela e o marido, Gilvanildo, de 74 anos, são integrantes do Programa Remédio em Casa, lançado em agosto do ano passado e que hoje conta com um número de usuários bastante aquém do que o serviço tem capacidade de atender. A Prefeitura está estudando estratégias para beneficiar mais pessoas, como a abertura de cadastro por enfermeiros e farmacêuticos da rede e ampliação de alguns dos critérios do programa.
O Remédio em Casa foi criado para idosos acima de 65 anos, portadores de hipertensão arterial e diabetes, e pessoas com dificuldades de locomoção ou acamadas, facilitando o acesso a medicamentos de uso contínuo.
Para receber o medicamento em casa, o paciente deve assumir o compromisso de manter o acompanhamento médico nos centros de saúde, estar cadastrado na rede municipal de saúde e fazer exames e consultas regularmente. É uma forma de garantir que o paciente mantenha o tratamento conforme prescrito pelo médico.
A sede da farmácia do Programa Remédio em Casa fica no Jardim Atlântico, no Continente. Atualmente todos os centros de saúde da capital contam com uma farmácia para a entrega de medicamentos não controlados. Florianópolis é hoje uma das cidades brasileiras com a maior lista de medicamentos à disposição dos usuários do SUS. São 174 itens apenas na Rede Básica, que somados aos utilizados nas Urgências e Emergências e aos chamados estratégicos e especializados chegam a 473 itens.
Como funciona
A portaria 85/2014, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), determina que a inclusão dos usuários ao programa é feita pelos profissionais das equipes de Saúde da Família, que também fazem o acompanhamento dos pacientes. Para receber o medicamento em casa, o paciente deve cadastrar-se no programa e assumir o compromisso de manter o acompanhamento médico nos centros de saúde e fazer exames e consultas regularmente.
Os remédios são entregues por motoboys contratados pela Prefeitura de Florianópolis: quatro motos foram disponibilizadas nesta primeira etapa. Como eles não estão habilitados para prestar orientações sobre o tratamento – a posologia e forma de administração dos medicamentos serão informadas apenas pelos funcionários dos centros de saúde – a equipe de Saúde da Família define se o paciente e seus familiares têm condições de compreender como será o uso do medicamento. Os usuários recebe a quantidade de remédios suficiente para 30 dias de tratamento.
Saiba como aderir ao programa:
O pedido de cadastramento deve ser feito junto à Equipe de Saúde da Família do centro de saúde da sua região, desde que atenda às seguintes condições:
- Idosos, acima de 65 anos, com diagnóstico de hipertensão arterial e/ou diabetes mielitus, usuários de pelo menos um dos medicamentos de uso contínuo do elenco do Programa Remédio em Casa;
- Pessoas de qualquer idade, com dificuldades de locomoção, usuárias de pelo menos um dos medicamentos de uso contínuo do elenco do Programa Remédio em Casa;
- São consideradas dificuldades de locomoção: restrição ao leito, dificuldade de locomoção para fora do domicílio sem acompanhante, deficiência física, síndrome de imobilidade e/ou uso de prótese ou órtose que exija acompanhante, e déficit cognitivo que exija cuidador.
