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Unidades de Conservação em Florianópolis

Você sabia que aproximadamente 41% da área terrestre do município de Florianópolis é protegida por Unidades de Conservação (UC)?   

 

As UCs são espaços especialmente protegidos que permitem salvaguardar o equilíbrio entre as paisagens urbanas e as paisagens naturais, garantindo que nosso município continue sendo um lugar mágico, marcado pela diversidade cultural em meio à rica diversidade natural, formada por rios, cachoeiras, lagoas, lagunas, praias, costões rochosos, dunas, manguezais e exuberantes florestas, que ofertam relevantes serviços ecossistêmicos, como a regulação climática, a proteção dos mananciais de água e dos aquíferos subterrâneos, bem como a contenção de processos erosivos e a minimização de impactos advindos de eventos meteorológicos extremos. 

 

De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (Lei 9.985/2000), as Unidades de Conservação são espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. 

 

A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis – Floram é a responsável pela gestão de 10 (dez) UCs municipais, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina – IMA/SC pela gestão de 3 (três) UCs estaduais, e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio pela gestão de 5 (cinco) UCs Federais. Existem, ainda, 3 (três) Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), totalizando 21 (vinte e uma) UCs no todo território do município de Florianópolis, conforme ilustrado no Mapa Físico e Político de Florianópolis:

MAPA

 

Autorizações: para o desenvolvimento de pesquisas, eventos e atividades comerciais, culturais e pedagógicas, bem como para o uso da imagem da UC, é necessária a solicitação de autorização ao órgão gestor da unidade. 

 

Observação: os limites das UCs municipais disponíveis abaixo em arquivos .kml estão projetados com Sistema de Referência de Coordenadas SIRGAS2000 - UTM Zona 22 S. 

 

Unidades de Conservação Municipais

 

- Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri - Lei Ordinária Nº 10.530/2019

- Ficha técnica

- Limites do MONA Lagoa do Peri

 

A Unidade de Conservação foi criada em 1981 como Parque Municipal da Lagoa do Peri (Lei Nº 1.828/1981), sendo a segunda maior em área e a mais antiga dentre as municipais. Anteriormente a isso, parte de sua área já havia sido tombada e reconhecida por sua relevância ecológica pelos Decretos Nº 30.443/1952 e 1.408/1976. Foi recategorizada em 2019 como “Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri” (MONA Lagoa do Peri), pela Lei Municipal Nº 10.530/2019, com significativa expansão de seus limites, abrangendo a vertente oeste das elevações do Ribeirão da Ilha e as morrarias do extremo sul da Ilha de Santa Catarina. 

 

O MONA Lagoa do Peri possui 4.274 hectares (42.744.272m²), abrangendo ecossistemas formados por vegetação Restinga e Floresta Ombrófila Densa. Destaca-se pela abundância de recursos hídricos de excelente qualidade, com destaque para a própria Lagoa do Peri, que abastece mais de 100 mil habitantes da população do sul e leste da Ilha de Santa Catarina. Outros destaques da UC são seu formidável conjunto paisagístico, seus trechos de Mata Atlântica altamente preservados e a presença de duas Zonas Culturais (Sertão do Ribeirão e Porto do Contrato) em seu interior, onde a população preserva muitos do hábitos e meios de produção tradicionais de seus antepassados. 

 

As principais atrações da UC são a sua sede, onde há estruturas para visitação e um balneário com faixa de praia que permite o banho e a realização de atividades náuticas não motorizadas nas águas da Lagoa do Peri, local que possui a certificação internacional Bandeira Azul; um conjunto de trilhas com diferentes níveis de dificuldade, extensão e manejo; o Mirante do Morro das Pedras e a Praia da Armação; e a paisagem natural em conjunto com aspectos históricos e culturais no Sertão do Ribeirão. 

 

Vista panorâmica da lagoa do Peri e Praia da Armação – MONA Lagoa do Peri

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: PMF, 2024. 

 

- Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição - Lei Ordinária Nº 10.388/2018

- Ficha técnica 

- Limites do PNMDLC

 

A UC foi criada em 1988 pelo Decreto Municipal Nº 231/1988, sendo adequada ao SNUC com revisão e ampliação significativa de seus limites pela Lei Municipal Nº 10.388/2018. Possui 707 hectares (7.066.996 m²) inteiramente inseridos em ecossistemas dunares e áreas úmidas associadas. 

 

As fitofisionomias de Restinga recobrem diferentes trechos da UC, com presença de Restinga herbácea e subarbustiva nas dunas frontais e no entorno das áreas úmidas (afloramentos freáticos), e Restingas subarbustivas e arbustivas em diferentes estágios sobre as dunas fixas e algumas áreas mais planas pós-dunas. Abrange centenas de pequenas lagoas intermitentes que aparecem nos períodos de maior pluviosidade, também as Lagoas Pequena e da Chica, duas lagoas costeiras perenes de água já cercadas pela urbanização, mas que oferecem belos cenários para contemplação da paisagem e para a fauna local. 

 

Os principais atrativos dessa UC são as famosas dunas da Lagoa da Conceição, onde pode se praticar o sandboard e outras atividades sobre as dunas de areias brancas; as belas paisagens de diversos pontos das dunas; as duas lagoas costeiras; e as lindas e badaladas praias da Joaquina e do Campeche. 

 

Campo de Dunas – PNMDLC 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

Monumento Natural Municipal da Galheta - LEI Nº 10.100/2016

 

A Unidade de Conservação – UC foi criada em 1990 (Lei Nº 3.455/1990) como Parque Municipal da Galheta, sendo adequada ao SNUC em 2014 como Parque Natural Municipal da Galheta (Lei Nº 9.698/2014), e posteriormente recategorizada como Monumento Natural Municipal da Galheta pela Lei Municipal 10.100/2016, em função de conflitos fundiários.  

 

Possui área de 251 hectares (2.509.217m²), com predominância de formações de Floresta Ombrófila Densa, em estágios iniciais e médios, com poucos trechos avançados. Acompanhando a Praia da Galheta, os depósitos arenosos (especialmente dunas de cavalgamento) formam uma faixa recoberta por vegetação de Restinga herbácea, subarbustiva e arbustiva. Nas encostas mais expostas aos ventos e spray marinho, formam-se complexos vegetacionais especiais, com espécies em porte arbustivo e sub-arbustivo adaptadas a essas condições. Grande parte das áreas da UC foi até tempos recentes utilizada para atividades agropastoris; além disso, a regeneração da vegetação nativa na área é dificultada pela presença de espécies exóticas invasoras e pelas características do solo, muito rochoso, pouco profundo, muito compactado, o que reduz a disponibilidade de água e nutrientes, tornando o desenvolvimento arbóreo lento. 

 

A UC é procurada por suas trilhas, que levam a locais com lindas vistas da Ilha de Santa Catarina, com destaque para a Trilha da Boa Vista, das Piscinas Naturais e da Oração; pela belíssima Praia da Galheta, e pelas cristalinas águas da Piscinas Naturais da Barra da Lagoa. 

 

Mirante natural – MONA Galheta 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Parque Natural Municipal da Lagoinha do Leste – Lei Ordinária Nº 10.387/2018

- Ficha técnica  

 - Limites do PNMLL

 

A UC foi criada pela Lei Municipal Nº 3701/1992 como Parque Municipal da Lagoinha do Leste, passando por adequação ao SNUC e revisão de limites pela Lei Municipal Nº. 10.387/2018 e sendo denominada Parque Natural Municipal da Lagoinha do Leste. 

 

Possui área de 921 hectares (9.205.408m²), constituídos principalmente de Floresta Ombrófila Densa em estágio médio de regeneração. Há faixa de restinga fixadora de dunas junto à Praia da Lagoinha do Leste, e formações de manguezal e transições associadas ao Rio Quincas e porções mais próximas à foz do Rio Sangradouro. Nas encostas mais expostas aos ventos e spray marinho, formam-se complexos vegetacionais especiais, com espécies em porte arbustivo e sub-arbustivo adaptadas a essas condições. 

 

A UC é muito conhecida e procurada pela trilha que vai do Pântano do Sul à Lagoinha do Leste. A Praia da Lagoinha do Leste é considerada por muitos a mais bela da Ilha de Santa Catarina, possivelmente por seu caráter de isolamento, sem urbanização e altamente preservado. O acesso à Praia se dá somente por trilhas (a partir do Pântano do Sul ou da Armação) ou por embarcações que partem do Pântano do Sul. A UC apresenta uma paisagem de notável beleza cênica, formada pelo conjunto de dunas, praia, morrarias e a Lagoinha do Leste, que deságua na porção norte da praia. A área na encosta sul da praia, conhecida como “Morro da Coroa”, também é muito procurada pela linda vista panorâmica da unidade. 

 

Vista panorâmica do PNMLL 

https://lh7-us.googleusercontent.com/xTVbIKmVs8GTWw6FCNL4zj0p496Rm_GgymEIM9kpBKMOtns0vyGBKaKsCO2WcdLngRFferkhEkV4g7dcm3Gu3Xf1WVn1uhpQPrkkY7qZ2f-Xfnjra8xQv6ERScLy7o1CIljd4tnFU87l1ooAktduEA=s2048 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

Parque Natural Municipal do Maciço da Costeira - Lei Ordinária Nº 10.459/2018

- Ficha técnica 

Vista panorâmica do PNMMC 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

- Ficha técnica  

 

A UC foi criada pelo Decreto Nº 1.529/2002 como Parque Municipal do Manguezal do Itacorubi e recentemente adequada ao SNUC, por meio do Decreto Municipal Nº 24.171/2022, passando a se chamar “Parque Natural Municipal do Manguezal do Itacorubi – Fritz Müller” (PNMMI), em homenagem ao bicentenário do nascimento do grande naturalista. A adequação propiciou um aumento significativo nas áreas abrangidas pela UC, incluindo Áreas de Preservação Permanente na Ponta do Goulart, Ponta do Lessa e áreas sob influência de maré ao longo da orla do João Paulo, totalizando 212 hectares (2.118.146,20m²). 

 

A UC é caracterizada e majoritariamente composta por ecossistemas de manguezal e formações associadas, exceto pela Ponta Goulart, que por suas características rochosas, apresenta fitofisionomia de Floresta Ombrófila Densa em estágio médio de regeneração, com alguns trechos bastante antropizados e presença de espécies exóticas. 

 

Vista panorâmica do Manguezal do Itacorubi – PNMMI – Fritz Müller 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

- Ficha técnica  

 

A UC foi criada em 2005 como Parque Urbano do Morro da Cruz pela Lei Municipal Nº 6.893/2005, sendo adequada ao SNUC pela Lei Municipal Nº 9.321/2013, passando a ser denominada Parque Natural Municipal do Morro da Cruz, com área de 130 hectares (1.301.891m²). 

 

É caracterizada por formações de Floresta Ombrófila Densa em diferentes estágios de regeneração, com predominância do estágio médio. Destaca-se por estar situada no coração da cidade, nos topos das morrarias adjacentes ao Centro, tendo importante função paisagística e guardando um dos poucos remanescentes ainda existentes na porção mais urbanizada da Ilha de Santa Catarina. Situa-se próximo a trechos ocupados por população socialmente vulnerável, tendo um papel importante também na formação dessas comunidades. Possui uma sede algumas estruturas como estacionamento, banheiros, auditório, quadras esportivas, áreas de lazer e fruição da paisagem, trilhas curtas e mirantes com belas vistas da porção central da cidade e continente. 

 

Maciço rochoso do Morro da Cruz – PANAMC 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

- Ficha técnica  

A UC foi criada pela Lei Municipal Nº 9.948/2016, já conforme os ditames do SNUC, não precisando passar por processo de adequação. Possui área de 221 hectares (2.210.736m²), formada por ecossistemas dunares e morraria recoberta por Floresta Ombrófila Densa. 

 

A floresta, situada no Morro dos Ingleses, foi bastante desmatada no passado e o solo pouco espesso e muito rochoso, típico dos promontórios, torna a recuperação da cobertura vegetal nativa lenta, estando em estágio médio de regeneração em sua maior extensão. Nas encostas mais expostas aos ventos e ao spray marinho, formam-se complexos vegetacionais especiais, com espécies em porte arbustivo e sub-arbustivo adaptadas a essas condições. 

 

Nos campos de dunas, observa-se uma vegetação de restinga herbácea e arbustiva em regeneração, além de alguns trechos de afloramento do lençol freático, formando ambientes típicos de banhado, incluindo a Lagoa do Jacaré. Tais características fazem dessa UC um local especial para avistamento da avifauna. 

 

As Praias do Santinho e do Canto Sul dos Ingleses, as trilhas, os sítios arqueológicos, os costões rochosos e campo de dunas formam um belo conjunto paisagístico e de atrativos para esta UC. 

 

Campo de Dunas do Santinho – PNMLJDS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

- Ficha técnica 

- Limites do REVIS Morro do Lampião

 

A UC foi criada pelo Decreto Municipal Nº 23.323/2021, já em conformidade com a categorização prevista no SNUC, e possui área de 111,47 hectares (1.114.700 m²). 

 

O REVIS Morro do Lampião é composto por fitofisionomias de Floresta Ombrófila Densa e, majoritariamente, em estágio médio de regeneração. Por sua localização geográfica e características ambientais é considerado um importante trampolim ecológico, proporcionando conectividade entre as demais UCs da região, especialmente para a avifauna. 

 

A Trilha do Morro do Lampião leva o caminhante a uma linda vista da Ilha do Campeche e das praias do leste da Ilha de Santa Catarina, podendo vir a ser um catalisador para o processo de conscientização ambiental e de boas práticas de visitação em áreas protegidas. 

 

Vista panorâmica ao final da Trilha do Morro do Lampião – REVIS Morro do Lampião 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

- Ficha técnica  

- Limites do REVIS Meiembipe 

 

A UC foi criada pelo Decreto Municipal Nº 23.324/2021, já dentro dos regramentos previstos no SNUC, sendo composta por 9 (nove) glebas que somam 5.968 hectares (59.680.680,58m²), fazendo desta a maior UC do município. 

 

É caracterizada por ser um grande corredor ecológico que protege e conecta a cadeia de morrarias do norte da Ilha de Santa Catarina. É majoritariamente composta por fitofisionomias de Floresta Ombrófila Densa em estágios médio e avançado de regeneração, com alguns pequenos trechos de restinga nos Ingleses e uma gleba composta por ecossistema de manguezal e formações associadas em Ratones. Nas encostas mais expostas aos ventos e spray marinho, formam-se complexos vegetacionais especiais, com espécies em porte arbustivo e sub-arbustivo adaptadas a essas condições. 

 

Por suas dimensões, a UC tem importante papel paisagístico para o município, além da fundamental função de conectividade ecológica. Salvaguarda importante conjunto de recursos hídricos e diversas trilhas com diferentes características, graus de dificuldade e situações de manejo, que proporcionam diferentes e belas vistas da Ilha de Santa Catarina, do mar e do continente. 

 

Cachoeira da Costada da Lagoa – REVIS Meiembipe 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024. 

 

- Ficha técnica

 

O Parque Municipal da Ponta do Sambaqui “Annibal da Rocha Nunes Pires” foi instituído pela Lei Municipal Nº 6.725/2005, não tendo sido enquadrado às categorias de manejo previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.

 

Apesar de não ser formalmente reconhecido como Unidade de Conservação, está sob a gestão do DEPUC/Floram. O Parque possui área de 1,4 hectares (14.026 m²) e características ecológicas que o aproximam mais de um Parque Urbano do que, de fato, de uma Unidade de Conservação. Tais características levaram este departamento a consultar às comunidades do entorno e desenvolver uma proposta de adequação do Parque, que ainda está em discussão. 

 

Com relação aos atrativos do local, além de ser um importante lugar de convívio da comunidade local e visitante, o Parque Municipal Annibal da Rocha Nunes Pires possui uma linda vista da baía norte e abriga o sítio arqueológico da Ponta do Sambaqui, que é um relevante registro do início da presença humana na Ilha de Santa Catarina. Os montes de conchas, que foram locais de vivência e ritual pelos povos originários, foram bastante explorados durante o processo de colonização para fabricação de cal, ocasionando a perda quase a totalidade do referido sítio. 

 

Vista panorâmica da Ponta do Sambaqui – PMPS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DEPUC/Floram, 2024.