Secretaria Municipal de Saúde

04/11/2014 - Saúde
Saúde procura reduzir desistência em consultas
Com novas medidas, atual gestão quer conscientizar população sobre o problema, que faz aumentar as filas de espera no SUS

foto/divulgação: Divulgação

Novas medidas estão sendo estudadas para sanar o problema

A Prefeitura de Florianópolis está criando soluções para reduzir as filas no SUS, diminuindo o índice de desistências das consultas e exames médicos. Atualmente, cerca de 35% das consultas ou exames especializados marcados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não são realizadas.


Para mudar essa realidade, a atual gestão planeja o uso de serviço de mensagem de celular para lembrar do compromisso aos pacientes até 48 horas antes do horário agendado.

Para a diretora de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria da SMS, Sônia Polidório, esta não é a única ferramenta para solucionar o problema. “Entendemos que este é o começo do processo de sensibilização e também de responsabilização do usuário.”


Além desta medida, a SMS conta como um grande aliado no combate às desistências – o monitoramento das filas feito pelos membros do Conselho Municipal de Saúde, que acompanham os índices de absenteísmo e contribuem para otimizar o acesso às vagas disponíveis.

Espera

Muitas pessoas se esquecem  de ir à consulta ou do horário dos exames, ou não avisam com antecedência de que não poderão comparecer. Esta é uma das causas para o aumento no tempo de espera para estes procedimentos.

As consultas e exames nas áreas de cardiologia (holter 24hs), proctologia (colonoscopia) e gastrologia (endoscopia digestiva), por exemplo, têm agendas com até 50% de faltas. Estas consultas e exames servem para esclarecer o diagnóstico clínico de uma série de doenças ou problemas de saúde.

Pesquisa feita pela SMS, de monitoramento da fila de espera, revelou que 90,2% das consultas e exames levam cerca 30 a 90 dias para ser agendadas. Segundo Sônia Polidório, este índice pode melhorar, caso o percentual de faltas seja reduzido.

Serviços

Atualmente, Florianópolis oferece consultas com aproximadamente 100 especialidades, entre médicos, fisioterapeutas, fonoaudiologia e odontologia. Todos estão distribuídos em quatro policlínicas municipais e 43 serviços contratualizados.

Para o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Jr, é importante conscientizar o paciente de que o prejuízo é de todos. “Quando um paciente deixa de ir, outra pessoa poderia estar sendo atendida. Quem paga por isso é a sociedade, pois, além dos gastos, aumentamos o tempo de espera para a consulta e o diagnóstico”, informa.