Secretaria Municipal de Saúde

30/08/2011 - Saúde
Saúde e Educação se unem contra o cigarro
Ação teve por objetivo alertar crianças e adolescentes

foto/divulgação:

A Secretaria da Saúde e a Secretaria da Educação da capital realizaram nesta segunda-feira uma atividade em conjunto para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O foco este ano foi o artifício usado pela indústria do tabaco que através da inclusão de sabores busca atrair o público jovem. O texto abaixo é de autoria da Assessoria de Comunicação da SME.

 

 

A criatividade anda em alta para atrair o que a indústria de cigarros chama de “pré-fumantes” ou aprendizes - as crianças e os adolescentes. Vale tudo: sabor de chocolate, menta, limão, uva, melancia, temperos, muito açúcar, cores nos filtros e no papel do cigarro, de preferência à venda bem perto das escolas.

 

   Para alertar sobre a armadilha dos aditivos nos cigarros e informar sobre a proibição da propaganda também nos pontos de venda, as Secretarias de Educação e de Saúde de Florianópolis, apoiadas pelo CEPON, levaram à Escola Municipal Donícia Maria da Costa, no Saco Grande uma intervenção que expõe o que deve ser feito para proteger as crianças.

 

Um personagem em forma de manequim, encenando um propagandista ambulante, como os que circulam pelos bares e casas noturnas anunciando cigarros, está instalado no auditório da Escola, enquanto educadores, profissionais do Centro de Saúde do Saco Grande, do CEPON e pais se propõem a servir de “escudo” improvisado para tentar evitar que os alunos sejam enganados pelos aromas e colorido deste produto associado a tantas doenças e mortes.

 

 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão responsável pela regulamentação dos produtos derivados do tabaco para o Ministério da Saúde, aguarda a aprovação das medidas que põem limites à indústria de cigarros quanto aos ingredientes que são usados para aumentar a palatabilidade e atratividade, tais como doces, flavorizantes, temperos e ervas adicionados ao tabaco.

 

Estes aditivos disfarçam o sabor desagradável e irritante da fumaça e encorajam a experimentação por novos consumidores, normalmente crianças de 13 anos, segundo dados da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab/IBGE) e da Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (PeNSE), ambos de 2009.

 

 

Em Florianópolis, 26% das crianças do último ano do ensino fundamental das escolas públicas já experimentaram cigarros, enquanto nas escolas privadas o índice cai para 10%. “Este dado reflete o que sabemos em saúde pública: o tabagismo hoje está concentrado nas classes de menor escolaridade e menor acesso à informação”, afirma a médica oncologista da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis e do CEPON, Senen Hauff.

 

 Além do limite aos aditivos, o governo brasileiro também deve restringir a propaganda e a exposição dos maços de cigarro nos pontos de venda, cada vez mais iluminados, atrativos e localizados na “boca do caixa” dos mais de 350 mil pontos de venda espalhados em padarias, jornaleiros, mercados e shoppings, lugares visitados frequentemente por jovens.

 


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