Secretaria Municipal de Saúde
A Secretaria da Saúde de Florianópolis lamenta em primeiro lugar a morte da menina EAC, de apenas 1 anos e 3 meses de idade. Lamenta também que a opinião de uma mãe, de apenas 15 anos de idade, atormentada pela perda da filha e sem qualquer subsidio profissional, tenha sido colocada em destaque por alguns setores da mídia sem que se confirmasse ou não qualquer suspeita.
No dia 19 de outubro último a menina EAC deu entrada na UPA Norte, às 19:18 horas, com bom estado geral porem com sintomas de varicela, tendo sido prescrito anti-térmico por via oral caso a febre persistisse.
No dia 21 de outubro (12h) ela foi consultada pela pediatra do Centro de Saúde de Ponta das Canas com os mesmos sintomas, tendo sido administrada dipirona oral, para reduzir a febre. De acordo com o relato médico os estado geral de EAC era bom e não apresentava sinais de doenças mais graves.
Ainda no dia 21 de outubro, às 20:38 horas, ela retornou a UPA Norte sem alterações mais sérias em seu quadro. No intuito de baixar a temperatura corporal da menina foi aplicada uma dose de 05,ml de Dipirona no membro inferior. Este medicamento é usado amplamente em pediatria e não apresenta as reações descritas na matéria publicada pelo Diário Catarinense (24/10).
Dia 22 de outubro por volta das 21 horas, a menina EAC deu entrada na emergência do Hospital Universitário, segundo os relatos daquela casa com febre alta (39.2 C) e frequencia cardíaca alterada ( 200 batimentos por minuto) o que indica inicio de choque séptico com provável causa natural. O que deverá ser confirmado através de exames mais apurados.
Na ocasião foi administrado por via endovenosa soro aberto para hidratação com Metoclopramida 03 ml, Hidrocortisona 50mg, Oxiclina 250 mg e Ceftriaxone 500 mg. Tal procedimento faz com que às 21:40 do mesmo dia sua temperatura corporal baixe para 37.7 C.
Não há qualquer registro no Hospital Universitário da evolução do quadro da menina EAC entre as 21:40 horas do dia 22 de outubro e as 24 horas do mesmo dia, quando de sua transferência para o Hospital Infantil Joana de Gusmão em ambulância, com mascara de oxigênio já em estado gravíssimo.
É importante destacar que o Hospital Universitário possui ala pediátrica, emergência pediátrica. Não cabe à Secretaria da Saúde de Florianópolis responder o por que a menina EAC foi transferida para o Hospital Infantil.
Cerca de duas horas após sua entrada no Hospital Infantil, já em estado gravíssimo, a menina EAC veio a óbito. A Vigilância Epidemiológica de Florianópolis aguarda o relatório final da causa mortis para se posicionar. Já sabe, de antemão, que não há possibilidade de ser apontada como tal a aplicação intramuscular de uma dose de 0,5 ml de Dipirona feita dia 21 de outubro na UPA Norte.
A SMS está apurando o fato e aguarda relatórios mais precisos dos órgãos competentes.