Secretaria Municipal de Saúde
A Vigilância em Saúde da capital realizou no ano passado mais de três mil inspeções sanitárias na região do Rio Capivari, nos Ingleses. Além disso, mais de 4.900 testes com corantes para detecção de ligações clandestinas à rede pluvial entre outras ações. Graças a estas ações o relatório de balneabilidade da Fatma, referente ao mês de novembro, apontou aquela região como própria para banho.
Por conta de ligações clandestinas 129 saídas de esgotos tiveram de ser lacradas, em todas elas este procedimento só foi tomado após notificação com prazo para regulamentação do problema. Além disso, foram atendidas cerca de 1 mil denuncias e retirados através de caminhões “limpa-fossa” mais de 280 mil litros de esgotos de uma rede coletora da Casan mas que ainda não está ativada.
Com a chegada de verão, e de um grande número de turistas à região, outro grave problema está surgindo. As fossas sépticas da maioria das casas e condomínios foi instalada prevendo atender um número de pessoas muito inferior ao que se verifica nestes meses. Com isso, são constantes os transbordamentos que acabam chegando à rede pluvial e ao lençol freático, indo por fim poluir o Rio Capivari e a praia dos Ingleses.
A solução seria um melhor planejamento por parte de cada morador e que se evitassem situações como a de residências com capacidade para receber no máximo cinco pessoas e que neste período chegam a abrigar mais do que o triplo. “ Muitos até aumentam a reserva de água, mas se esquecem do sistema de esgotamento de efluentes”, observa Anselmo Granzzoto, diretor da Vigilância em Saúde da capital.
Novos Dados
Junho-Dezembro/2009
Procedimentos
Residências vistoriadas: 397
Estabelecimentos comerciais vistoriados: 42
Condomínios vistoriados: 133 ( 3020 unidades)
Intimações emitidas: 394
Lacres em saídas irregulares de efluentes sanitários: 129
Imóveis fechados: 89
Outros procedimentos: 1020
Confira e siga algumas dicas para melhorar a qualidade de nossas praias.
- Não ligar em hipótese alguma, os efluentes sanitários de suas casas nas galerias pluviais (por onde devem circular apenas as águas das chuvas);
- Estar certo de que a rede coletora da CASAN está realmente instalada e funcionando antes de ligar os efluentes sanitários de suas casas.
- Antes de construir em baixios, próximo a rios, mangues e outras situações com lençóis freáticos aflorantes, certificar-se de que os terrenos que estão adquirindo têm viabilidade urbana e viabilidade técnica, ou seja, se tem condições de funcionamento adequado de uma fossa séptica e um sumidouro ou um filtro anaeróbio, para que não tenham que, em um momento seguinte, vir a dar vazão aos resíduos gerados no seu dia a dia, ligando suas fossas às galerias pluviais para não ficarem ilhados e atoladas em seus próprios dejetos;
- Não jogar nas ruas garrafas PET (plásticas) vazias nem latas de cerveja e refrigerante, pois estas obstruem as galerias pluviais e provocam alagamentos em várias localidades, e o que é pior: com água contaminada por dejetos que agrava a proliferação de vetores causadores de doenças e agravos à população;
- Observar os horários de coleta de lixo, por parte da COMCAP, evitando dessa forma que o mesmo fique exposto por dias seguidos nas calçadas, à mercê de animais que furam e rasgam os sacos plásticos em busca de restos de alimentos, fazendo que os resíduos entupam bocas de lobo e galerias pluviais e, dessa forma provoquem doenças à população;
- Não se deixe levar pela especulação imobiliária. Não permita que sua casa seja utilizadas por 15 ou 20 pessoas ao mesmo tempo (como é prática freqüente), enquanto que seus sistemas de tratamento de esgoto são projetados para atender 5 ou 6 pessoas. Quando ocorre superpopulação em uma residência, os sistemas de esgoto saturam rapidamente, fazendo com que os efluentes sanitários extravazem para a rua, para a galeria pluvial para os rios e outros corpos receptores, provocando os velhos e conhecidos problemas de poluição;
- Começe a exercitar a cidadania, iniciando pelo gesto humanitário de não maltratar e abandonar seus animais domésticos quando estes não os agradarem mais, ou quando terminarem suas férias e estes passarem a se constituir em incômodos para serem transportados em seus carros, ou porque cresceram demais ou por outras razões que a razoabilidade desconhece;