Secretaria Municipal de Saúde

20/01/2010 - Saúde
Secretaria da Saúde investe na prevenção contra a Dengue
Doença está instalada na maioria das capitais do país. Em Florianópolis não há um único registro, mas o risco deste quadro mudar faz com que a Secretaria Municipal da Saúde mantenha-se em permanente alerta.

foto/divulgação:

 

Embora não tenha registrado ao longo de sua história recente um único caso de Dengue autóctone, contraída dentro do município, a capital catarinense mantém-se em permanente estado de alerta. A vinda de milhares de turistas de regiões onde a doença está instalada é motivo de atenção especial por parte da Secretaria da Saúde de Florianópolis. O órgão possuí um equipe composta por 61 Agentes de Combate às Endemias que percorrem diariamente toda cidade.

Confira a seguir a entrevista feita como o Diretor do Centro de Controle de Zoonoses da capital, Alex Fabrin.

 1-          Quantas armadilhas para a captura de larvas do mosquito Aedes aegypti (transmissor da Dengue) a Secretaria da Saúde da capital tem espalhadas na cidade. Este número está dentro do padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde?

Alex Fabrin : Temos hoje em Florianópolis 1.531 armadilhas instaladas nos diversos bairros do município. Para municípios como o nosso o Ministério da Saúde indica um total de 1.407  armadilhas, portanto estamos com um número de armadilhas superior ao número indicado pelo MS.

 2-          De quanto em quanto tempo são monitoradas?

AF: As armadilhas são visitadas a cada sete dias.

 3-          Quantos pontos estratégicos e o que são?

AF: São 738 pontos estratégicos cadastrados nos diversos bairros do município. O Ministério da Saúde preconiza 563  pontos estratégicos, portanto estamos com um número de pontos estratégicos superior ao número pactuado.

 AF: Ponto estratégico é o local onde há grande concentração de depósitos preferenciais para a desova do Aedes aegypti, ou seja, local especialmente vulnerável à introdução do vetor. São considerados pontos estratégicos os imóveis com grande concentração de depósitos preferenciais: cemitérios, borracharias, depósitos de sucata, depósitos de materiais de construção, garagens de transportadoras, entre outros, onde com freqüência encontramos reservatórios que podem manter água parada.

 4-          De quanto em quanto tempo são monitorados os Pontos Estratégicos?

AF: Quinzenalmente.

 5-          Quantos focos em 2009?

AF: Encerramos o ano de 2009 com 14  focos com larvas do Aedes aegypti. Isso não deve ser confundido com afirmar que a Dengue, como doença, se instalou de forma autóctone ( quando o contágio acontece dentro do território do município) em Florianópolis. Nós não temos casos deste tipo registrados até o momento.

 6-          Como é a ação quando se encontra um foco?

AF: A partir da identificação de um foco de Aedes aegypti no município, será realizada a Delimitação de Foco (DF), que consiste na realização de visitas em 100% dos imóveis na área delimitada em um raio de 300 metros, com inspeção e tratamento, a cada dois meses, durante 01 (hum) ano. Se dentro da área delimitada, em qualquer momento, for detectado novo foco, a nova área circunscrita em torno desse foco fica sendo monitorada por 01 (hum) ano.

Nas inspeções são transmitidas orientações aos responsáveis pelos imóveis para que a população saiba sobre cuidados a serem tomados para a não proliferação do mosquito vetor, e são verificados os reservatórios existentes para eliminar possíveis criadouros e tratar os depósitos que não possam ser eliminados.

Tratar os depósitos que não podem ser eliminados consiste na aplicação de um produto larvicida Temephós granulado a 1% (Abate), que possui baixa toxicidade (empregado em dose inócua para o homem, mas letal para as larvas) nos depósitos positivos para formas imaturas de mosquitos, que não possam ser eliminados mecanicamente. Todos os depósitos com água que não puderem ser eliminados serão tratados.

Os pequenos depósitos como latas vazias, vidros, plásticos, cascas de ovo, de coco, e outros, que constituem lixo doméstico, devem ser de preferência acondicionados adequadamente pelos moradores, para que sejam coletados pelo serviço de limpeza pública, em Florianópolis pela Companhia de Melhoramentos da Capital – COMCAP.

 7-          Em caso de suspeita (tanto da presença do mosquito quanto de pessoa infectada) como o usuário deve agir?

AF: Em caso de suspeita da presença do mosquito deve imediatamente estabelecer contato com o Centro de Controle de Zoonoses informando o caso para que possamos enviar um de nossos profissionais para realizar a Pesquisa Vetorial. O telefone do CCZ é o 3338 9004.

Já em caso de suspeita da doença o serviço de saúde mais próximo deve ser imediatamente procurado.

 8- Como denunciar quem não toma os devidos cuidados para evitar a proliferação do Mosquito da Dengue?

AF: As denúncias e reclamações devem ser registradas no Pró-Cidadão, o telefone para informações é o  32516400;